Espírito de Profecia

A visão do Grande Conflito

A visão do Grande Conflito


  • Compartilhar:

Foi em Ohio, num funeral realizado numa tarde de domingo, em março de 1858, na escola pública de Lovett’s Grove (agora Bowling Green), que foi dada à Sra. White a visão do grande conflito entre Cristo e seus anjos e Satanás e seus anjos, desde seu início até ao fim. Dois dias mais tarde o grande adversário tentou tirar-lhe a vida, para que ela não pudesse apresentar aos outros o que lhe fora revelado. Mantida contudo por Deus, na realização da obra que lhe fora confiada, descreveu as cenas que lhe haviam sido apresentadas, sendo publicadas no verão de 1858 o livro de 209 páginas Spiritual Gifts, v. 1, The Great Controversy Between Christ and His Angels, and Satan and His Angels. O volume foi bem recebido e grandemente apreciado devido à sua clara descrição das forças contendoras no grande conflito, tocando em pontos árduos da luta, mas tratando mais completamente das cenas finais da história da Terra. (Primeiros Escritos, pp. 133-295).

Fatos interessantes

[faqs]
[asks q="Como se explica esta mudança nos conceitos de Ellen White entre 1858 e 1863?"]

Em primeiro lugar, ela não havia recebido qualquer luz de Deus sobre a carne de porco antes de 1863. Sua visão em 1858 não a informou se era certo ou errado comer carne de porco. O que ela fez foi reprovar este irmão por criar divisão entre os adventistas ao fazer da questão uma prova naquela época. Em segundo lugar, ela deixou aberta a possibilidade de que se o consumo de carne de porco devesse ser descartada pelo povo de Deus, Ele iria, a Seu próprio tempo, “ensinar a Sua igreja o dever dela”. Quando a visão realmente veio, quase cinco anos mais tarde, a igreja toda compreendeu claramente a questão e nunca mais houve divisão a respeito desta questão.

Adaptado de Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor:
 O ministério profético de Ellen G. White (Tatuí, São Paulo:
Casa Publicadora Brasileira, 2001), pp. 157, 158, 312-319.

[/asks]
[asks q="Os adventistas do sétimo dia acreditam que os escritos de Ellen White são iguais às Escrituras, ou constituem um acréscimo a elas?"]

Os adventistas do sétimo dia não colocam os escritos de Ellen White no mesmo nível das Escrituras. “As Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos – ou quaisquer outros – devem ser julgados e ao qual devem estar subordinados” (Nisto Cremos, p. 305). Outro meio de enfocar esta questão é perguntando por que a igreja necessitaria de qualquer dos dons prometidos do Espírito Santo. Ellen White respondeu esta questão na introdução de seu livro O Grande Conflito Entre Cristo e Satanás:

“Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. ‘Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’ (II Timóteo 3:16 e 17).

“Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra não tornou desnecessária a contínua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito Santo foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos. E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra.”

“O Espírito não foi dado – nem nunca o poderia ser – a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos…”

“Em harmonia com a Palavra de Deus, deveria Seu Espírito continuar Sua obra durante todo o período da dispensação evangélica. Durante os séculos em que as Escrituras do Velho Testamento bem como as do Novo estavam sendo dadas, o Espírito Santo não cessou de comunicar luz a mentes individuais, independentemente das revelações a serem incorporadas no cânon sagrado. A Bíblia mesma relata como mediante o Espírito Santo, os homens receberam advertências, reprovações, conselhos e instruções, em assuntos de nenhum modo relativos à outorga das Escrituras. E faz-se menção de profetas de épocas várias, de cujos discursos nada há registrado. Semelhantemente, após a conclusão do cânon das Escrituras, o Espírito Santo deveria continuar a Sua obra, esclarecendo, advertindo e confortando os filhos de Deus” (O Grande Conflito, p. 10).

[/asks]
[asks q="Quantos livros e artigos Ellen White escreveu?"]

À época de sua morte as produções literárias de Ellen White totalizavam aproximadamente 100.000 páginas: 24 livros em circulação; dois manuscritos de livros prontos para publicação; 5.000 artigos em periódicos da igreja; mais de 200 tratados e panfletos; aproximadamente 35.000 páginas datilografadas de documentos e cartas manuscritas; 2.000 cartas escritas à mão e diários, que resultaram, quando copiados, em outras 15.000 páginas datilografadas. As compilações dos escritos de Ellen White feitas após a sua morte totalizam um número de livros em circulação de mais de 130.

[/asks]
[asks q="Qual é o livro mais popular de Ellen White?"]

Milhões consideram o clássico livro de Ellen White sobre a vida de Cristo – O Desejado de Todas as Nações – como sendo o seu favorito. Mas o livro mais popular é Caminho a Cristo, que apresenta a essência do viver cristão. Publicado pela primeira vez em 1892 e desde então traduzido para mais de 135 línguas, dezenas de milhares de cópias estão em circulação.

[/asks]
[asks q="Alguns dos escritos de Ellen White não foram suprimidos?"]

Todas as obras publicadas de Ellen White (inclusive aquelas que supostamente foram suprimidas) estão incluídas no CD-ROM do White Estate, The Complete Published Writings of Ellen G. White. Todas as suas obras não-publicadas (cartas e manuscritos) estão disponíveis para estudo nos 17 Centros de Pesquisa Ellen G. White da IASD estabelecidos ao redor do mundo (dados de 2003). Nenhum dos seus escritos foi suprimido.

Os críticos apontam para certos trechos que foram apagados das primeiras publicações como uma evidência de que Tiago e Ellen White (ou os líderes da igreja) tentaram suprimir declarações que defendiam crenças errôneas. É fato que alguns dos escritos antigos que foram reimpressos através dos anos tiveram sentenças e até parágrafos apagados, e outras revisões foram feitas. A pergunta é realmente dupla: a) Pode um profeta revisar ou apagar ou talvez até deixar de preservar as mensagens que lhe foram dadas por Deus? b) Quais eram as motivações de Ellen White nas mudanças que foram feitas em seus escritos?

A Bíblia revela que os profetas demonstraram ter um certo grau de liberdade para decidir o que escrever e como melhor apresentá-lo. Muitos profetas comunicaram mensagens oralmente, e deste modo nenhum registro escrito foi preservado. Além disso, em alguns casos Deus nem mesmo achou necessário preservar as mensagens de alguns profetas que já haviam sido escritas (veja por exemplo, I Crôn. 29:29). Jeremias nos diz que quando ele reescreveu sua mensagem para o rei Jeoaquim, “ainda se lhes acrescentaram muitas palavras semelhantes” (Jer. 36:32), deixando implícito que ele não estava limitado ao uso apenas de suas palavras originais para expressar sua mensagem.

Em 1883, respondendo à acusação de que havia suprimido parte de sua mensagem, Ellen White escreveu: “Ao contrário de desejar reter qualquer coisa que eu tenha publicado, sentiria grande satisfação em dar ao público cada linha de meus escritos já publicados” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 60). Uma afirmação tal como essa dificilmente seria feita por alguém cuja motivação para as mudanças em seus escritos fosse suprimir declarações embaraçosas. Ao mesmo tempo, um autor tem o direito (alguns diriam, o dever) de certificar-se de que suas ideias estão expressas da maneira mais clara possível – mesmo que isto possa significar apagar e/ou revisar passagens susceptíveis de serem mal interpretadas pelos leitores. Uma análise das alegadas “supressões” de Ellen White pode ser encontrada em Ellen G. White and Her Critics, de F. D. Nichol, pp. 267-285 e 619-643.

[/asks]
[/faqs]

  • Compartilhar: