O Dinheiro Sumido
Quem sabe o que é um profeta? (Aguarde as respostas.) Profeta é a pessoa que nos ajuda a entender Jesus! Algumas vezes Deus dá mensagens especiais aos profetas. Algumas vezes, Ele revela segredos aos profetas e que nenhum outro ser humano conhece!
Deus chamou Ellen G. White para ser Sua mensageira, ou profetisa, quando tinha apenas 17 anos. Nos seguintes setenta anos ela dedicou sua vida para revelar a verdade sobre Jesus.
Há muitos, e muitos anos atrás, em um inverno, Ellen White e seu marido, Tiago White, estavam morando em Oswego, Nova York. O pastor White e ela estavam realizando reuniões e apresentando estudos bíblicos, especialmente sobre a verdade do sábado. Nossos pioneiros chamavam essa pregação de a mensagem do terceiro anjo; e nós, com frequência, ainda hoje a chamamos assim. O pastor White publicou o primeiro folheto adventista naquele inverno e o chamou de: A Verdade Presente.
Algumas pessoas de outras denominações, na cidade, ficaram perturbadas com essas mensagens bíblicas. Então, juntamente com um sincero homem de negócios liderando-as, eles realizaram reuniões de reavivamento, na esperança de impedir que as pessoas fossem às reuniões adventistas. Esse homem, a quem chamaremos de Sr. M, era o tesoureiro do município. A maioria das pessoas estava muito impressionada com as reuniões do Sr. M. Mas algumas ficaram confusas. Não sabiam quem estava certo: este homem que enaltecia a guarda do domingo como dia sagrado, ou o pastor White, o jovem e pobre ministro que acabara de se mudar para Oswego e que vivia em uma casa alugada e com móveis emprestados. O Sr. M era um homem importante na cidade. Ele dizia que o sábado não tinha importância.
O Sr. Hiram Patch e uma delicada jovem, com quem estava para se casar, ficaram especialmente preocupados. Como poderiam saber quem estava certo? Quem estava dizendo a verdade? O Sr. M parecia ser muito sincero. Não obstante, os Whites tinham provas bíblicas para a verdade do sábado e a mensagem do terceiro anjo.
Nessa época, Ellen White teve uma visão de Deus na qual lhe foi mostrado o verdadeiro caráter do Sr. M: ele era desonesto! Ela foi instruída, pelo anjo, a contar isso para o Sr. Patch. “Espere um mês, e você conhecerá, por si mesmo, o caráter da pessoa que está conduzindo o reavivamento e que pretende ter tão grande interesse pelos pecadores”.
Quando a Sra. White disse isso ao Sr. Patch, ele respondeu: “Está bem, irei aguardar”.
Cerca de duas semanas depois, o Sr. M estava pregando em alta voz e sinceramente para os pecadores em sua reunião de reavivamento quando rompeu um vaso sanguíneo em seu estômago e ele foi levado para casa sofrendo muita dor. Assim, outras pessoas tiveram de assumir seu trabalho como tesoureiro no tribunal distrital e descobriram um déficit nos fundos do município. Muito dinheiro estava faltando. O xerife e seu auxiliar foram enviados à casa do tesoureiro para perguntar a respeito do dinheiro faltante. O xerife foi pela porta da frente; e seu auxiliar, pela porta dos fundos. O xerife encontrou o Sr. M na cama e este lhe disse que nada sabia a respeito desse dinheiro.
Nesse momento, o auxiliar do xerife apareceu, vindo dos fundos com a Sra. M, e com um saco de dinheiro nas mãos. Ele entrou na casa exatamente no momento em que o tesoureiro jurava por Deus que não havia pegado o dinheiro.
O auxiliar do xerife segurou o saco com o dinheiro e perguntou: “O que é isto?”
Enquanto o auxiliar do xerife permaneceu fora da casa e o xerife entrava, ele viu a Sra. M sair pela porta dos fundos com o saco e escondê-lo rapidamente em um banco de neve. Então, ao voltar para dentro de casa, ela viu o auxiliar do xerife que a estava observando. Ele a levou até o local para pegar o saco. Assim como imaginara, ali estava o dinheiro. O tesoureiro foi preso. As reuniões de reavivamento foram encerradas. O povo da cidade ficou chocado.
Agora o Sr. Patch pôde ter certeza de quem era honesto. Ele e sua noiva se casaram pouco depois e aceitaram plenamente a mensagem do terceiro anjo, unindo-se aos adventistas guardadores do sábado e foram membros muito fiéis. Ao revelar segredos sobre o futuro à Ellen White, Deus ajudou o Sr. Patch a crer que os adventistas realmente confiavam em Deus e estavam pregando Sua verdade.
Os profetas de Deus também irão ajudá-los a confiar em Deus e a Lhe obedecer!
Adaptado de: “The County Treasurer and the Missing Money,” de Arthur L. White, em Campfire Junior Stories from the Days of the S. D. A. Pioneers (Silver Spring, Maryland: Ellen G. White Estate, General Conference of Seventh-day Adventists, 1963), p. 43, 44. Esta história foi anteriormente apresentada na seção de História Infantil do Dia do Espírito de Profecia de 2005.
Com Certeza
Por Ivan Leigh Warden, Diretor Associado Jubilado, Ellen G. White Estate
[Nota: Os textos bíblicos foram extraídos da Versão King James Atualizada.]
“Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas” (Amós 3:7).
Introdução
Que verso poderoso! Que certeza para amanhã e para o dia seguinte! Que retrato amoroso e atencioso de nosso Senhor Deus! Não precisamos responder a questionários, fazer provas ou atividades de surpresa. O Senhor Deus nos informa, nos diz, compartilha conosco os eventos que ocorrerão e afetarão nossa vida. “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”.
Por que Deus faz isso? Porque nos ama. Seu amor O leva a transpor a barreira do pecado ao usar Seus profetas, pessoas como nós. Por meio deles, Ele nos chama ao arrependimento de nossos pecados e nos diz o que irá acontecer a fim de que estejamos preparados. Os profetas estão em uma missão de amor do próprio Pai. Seu propósito é fazer com que o maior número possível de pessoas esteja salvo em Seu reino. É por isso que Ele revela “o seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”.
Hoje, consideraremos como isso foi trabalhado nos tempos bíblicos e além.
I. Por meio de Seus profetas, Deus advertiu o antigo Israel e outras nações quanto a perigos e tentou atraí-los a Si.
Amós inicia com advertências da punição vindoura às nações vizinhas de Israel e Judá por seus pecados. Mas a mensagem de Amós logo se volta contra Judá e então para sua principal preocupação, o reino do norte, Israel. A leitura atenta de Amós revela os pecados do povo: orgulho, egoísmo e opressão, para mencionar alguns, que eram notórios nos reinos do norte e do sul. A situação era pior em Israel, devido à adoração ao bezerro, instituída por seu primeiro rei, Jeroboão I (ver 1 Reis 12:25-33). Deus comissionou Amós e Oseias para profetizarem especialmente contra o reino do norte; mas Amós dá mais atenção aos detalhes e às circunstâncias dos pecados do povo do que Oseias. Graficamente, ele revela as transgressões nos eventos do viver diário das pessoas. Nenhuma prática maligna parece ter escapado à sua atenção. Ele considerava ser seu dever advertir Israel, Judá e também as nações vizinhas sobre os juízos divinos que certamente viriam sobre eles se persistissem no pecado. Amós encerra seu livro com um retrato glorioso do triunfo final da justiça sobre a iniquidade.
Por favor, notem um padrão: Deus é amor. Ele nos dá a oportunidade de confessarmos e abandonarmos nossos pecados. Amós 5:4, 6 diz: “Pois esta é a convocação de Yahweh à nação de Israel: ‘Buscai-me e vivei!’ [...] Portanto, buscai o SENHOR e vivei; para que ele não extermine os descendentes de José [...]”. Em amor, Deus dá Suas advertências a fim de que as pessoas possam vir a Ele e viver. Ezequiel 33:11, diz: “[...] Tão certo como Eu vivo, diz Yahweh, o SENHOR Deus, não tenho qualquer prazer na morte do incrédulo, mas sim a minha alegria está em que o ímpio venha a ser convertido, se desvie do seu mau caminho e viva! Convertei-vos! Desviai dos vossos maus caminhos! Por que o teu povo haveria de perecer, ó Casa de Israel?” Mesmo em Suas mensagens mais severas de advertência, os profetas de Deus estão dando mensagens e amor, na esperança de obter seu arrependimento e salvação. É por isso que Ele afasta a cortina sobre o futuro e mostra qual será o resultado se o povo não mudar. “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas” (Amós 3:7).
Mas quando Deus pronuncia um juízo vindouro sobre uma nação ou povo, já é muito tarde para o arrependimento? A resposta de amor de Deus é que Ele mudará o resultado se eles se arrependerem. Jeremias 18:7-10 apresenta a palavra de Deus a esse respeito: “Se em algum momento Eu determinar que uma nação ou um reino qualquer seja arrancado de suas terras, despedaçado e arruinado, e se esta nação que Eu adverti converter-se da sua infidelidade e malignidade, então Eu voltarei atrás e mudarei a ordem de punição que houvera previsto e decretado impor-lhe. E, no momento em que Eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e estabelecer, se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, do mesmo modo me arrependerei do bem que previra e determinara fazer-lhe”. Ellen G. White escreveu a respeito desse princípio em “Devemos lembrar que as promessas e ameaças de Deus são igualmente condicionais” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 67).
Antes de destruir Nínive, Deus enviou Jonas para advertir o povo, dando-lhes a oportunidade de se arrepender (Jonas 1:1, 2). “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”. Embora a mensagem de Jonas, conforme aparece na Escritura, não mencionasse que Deus poderia mudar o resultado, o povo se voltou para Deus e Ele afastou a catástrofe (Jonas 3:5-10). Deus nos dá a oportunidade de confessar e de abandonar nossos pecados.
É isso o que Deus estava fazendo através de Amós também. Devido ao formalismo religioso e à degeneração moral das pessoas, Deus ordenou a Amós para dizer ao reino do norte que uma calamidade era iminente. No capítulo 7, Deus apareceu a Amós sobre um muro e com um prumo em Sua mão (versos 7, 8). Os construtores da época usavam uma corda com um peso na ponta para saber se a parede estava reta ou inclinada. Agora Deus estava examinando Israel. Amós apelou para o arrependimento e mudança de comportamento. O povo não deve confiar nas ofertas e nos atos religiosos sem uma completa reforma: “Em vez disso, deixai correr livre o direito como um rio caudaloso, e a justiça como um ribeiro eterno!” (Amós 5:24).
Vemos assim que, por meio de Seus profetas, Deus amorosamente advertiu Israel e as outras nações quanto ao perigo e tentou atraí-los a Si. Atente e você verá que nosso Deus está sempre cuidando de nós, nos advertindo e atraindo. “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”.
II. Por meio de Seus profetas, Deus nos revelou, antecipadamente, seu ato redentor para nos atrair a Ele: enviaria um Salvador para viver e morrer por nós.
O primeiro indício do plano de Deus veio a Adão e Eva, exatamente depois de seu pecado. O próprio Deus disse à serpente: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o descendente dela; porquanto, este te ferirá a cabeça, e tu lhe picarás o calcanhar” (Gênesis 3:15).
Abraão, que é chamado de profeta em Gênesis 20:7, foi ordenado a oferecer seu filho Isaque como sacrifício (Gênesis 22). Embora no último instante ele tenha sido poupado da agonia de dar seu próprio filho, ele teve um vislumbre do que Deus faria depois, quando desse Seu único Filho para morrer na cruz.
Moisés ergueu a serpente de bronze no deserto, a fim de que todo aquele que para ela olhasse, com fé, fosse curado da mortífera mordida da serpente (Números 21:6-9). João 3:14, 15 indica que isso era a prefiguração da morte de Jesus na cruz por nós. Miquéias 5:2 disse que o vindouro Governante de Israel que era “desde os dias da eternidade”, viria de Belém. Daniel 9:24-27 predisse quando o “Messias Ungido” apareceria e quando “passaria pela morte”. Isaías 53 falou do Servo Sofredor que levaria os pecados do povo. Salmo 22 descreveu alguns dos sofrimentos pelos quais Jesus passaria na cruz.
Ao se aproximar o tempo de Jesus fazer Sua aparição, Deus suscitou um profeta, João Batista, para chamar o povo ao arrependimento e proclamar de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Para os judeus que ouviam João, o significado claro era que ali estava Aquele a quem todos os cordeiros sacrificados, ao longo das eras, representavam. O sangue de Jesus seria derramado para reconciliar os pecadores com Deus. Unicamente Sua morte poderia prover o perdão dos pecados.
A morte de Jesus no Calvário foi o sinal derradeiro do amor de Deus por nós. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Deus deu Seu filho para morrer a fim de que pudéssemos ter a oportunidade de viver com Ele por toda a eternidade no lar que Ele nos está preparando. O que poderia ser uma maior prova de Seu amor! E visto que Ele queria que recebêssemos Seu Filho e crêssemos nEle, enviou essas mensagens proféticas com muita antecedência a fim de que pudéssemos reconhecer o Salvador quando Ele viesse. “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”.
Mas por que Deus suscitou outro profeta, João Batista, para anunciar a vinda do Rei naquele então? O maior evento de todas as eras não poderia deixar de ser proclamado! Deus uma vez mais usaria um profeta para chamar a atenção do povo ao “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”. Deus capacitou João para reconhecer quem Jesus de fato era e para anunciar que Deus estava cumprindo Suas profecias.
Então, por meio de Seus profetas, Deus advertiu o antigo Israel e outras nações do perigo que corriam e tentou atraí-los a Si. Por meio de Seus profetas, Deus também nos disse, com antecedência, sobre Seu ato central para nos redimir e atrair-nos a Ele: enviaria um Salvador para viver e morrer por nós.
Aproximamo-nos agora do tempo quando Jesus voltará; quando Deus porá fim ao problema do pecado nesta terra. Como a afirmação de Amós se aplica a esta era?
III. Por meio de Seus profetas, Deus nos falou de Seu plano de eliminar o pecado e resgatar Seu povo.
A Bíblia nos apresenta profecias maravilhosas sobre a volta de Jesus. Daniel interpretou a última parte do sonho de Nabucodonosor onde uma pedra atingia a imagem das nações e as substituía: “No entanto, na época do governo desses reis, Elah, o Deus dos céus, estabelecerá um novo reino que [...] destruirá e exterminará todos esses outros reinos, e subsistirá para todo o sempre” (Daniel 2:44). No capítulo 7, Daniel nos diz que “alguém semelhante a um ser humano” recebe o reino e o governa (v. 13, 14). Malaquias 4 aponta para o dia quando os pecadores serão destruídos, mas “nascerá o sol da justiça, trazendo cura em suas asas”, para livrar Seu povo (v. 1-3).
Quando Jesus ascendeu ao Céu, anjos proclamaram aos discípulos a maravilhosa certeza: “Esse Jesus, [...] retornará do mesmo modo como o viste subir” (Atos 1:11). Pedro escreveu sobre “o Dia do Senhor” e sobre esforçar-se para ser encontrados por “Ele em plena paz” (2 Pedro 3:12, 14). Paulo escreveu que “com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus”, ressuscitará os mortos em Cristo e arrebatará nas nuvens Seus seguidores que estiverem vivos na Sua vinda.
Naturalmente, o próprio Jesus, o maior dos profetas, nos disse: “E, quando Eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei de novo e vos levarei para mim, a fim de que, onde Eu estiver, estejais vós também” (João 14:3). Ele falou dos sinais de Sua vinda os quais se encontram em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Estes incluíam sinais no sol, na lua e nas estrelas, e “na terra, as nações ficarão desesperadas” (Lucas 21:25).
Jesus advertiu sobre o surgimento de falsos cristos e de falsos profetas que enganariam a muitos (Mateus 24:24). Ele não advertiu Seus seguidores contra receber o Cristo, pois Ele, o verdadeiro Cristo, viria. Antes, Ele advertiu contra receber falsos cristos. De igual modo, ele não advertiu contra receber qualquer profeta, mas contra receber falsos profetas que seriam reconhecidos por seus frutos (Mateus 7:15, 16). O profeta Joel havia predito que nos dias que antecederiam o “grande e terrível dia do Senhor”, quando certos sinais ocorreriam nos céus (escurecimento do sol e a lua se tornar em sangue), também se deveria esperar o surgimento do dom profético. E, em Apocalipse 12:17 e 19:10 (RA), João posteriormente profetizou sobre o remanescente do verdadeiro povo de Deus, nos últimos dias: “os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”, que é o “espírito de profecia”, o Espírito Santo trazendo o dom profético novamente ao povo de Deus.
“Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”. Deus novamente teria uma voz profética, como preparo para o maior evento de todas as épocas: a volta de Jesus. Essa voz ajudaria a guiar o povo de Deus através dos dias enganosos do tempo do fim para sua própria salvação e os ajudaria a ver como Deus deseja que contem aos outros e os tragam a Ele também. Assim como João Batista ajudou a preparar o povo para a primeira vinda de Jesus, de igual forma Deus usaria o dom de profecia para ajudar a preparar o povo para a segunda vinda de Jesus.
Os adventistas do sétimo dia acreditam que Ellen G. White manifestou esse dom de profecia. Seu ministério profético veio no tempo certo, na progressão dos eventos, de acordo com as Escrituras. Suas mensagens nos ajudaram a unificar as doutrinas bíblicas corretas. Ela apontou para os males que necessitam ser corrigidos. Deus lhe deu instrução quanto à organização da igreja, sobre saúde, publicações, educação e muitos outros tópicos que têm ajudado a tornar nosso viver cristão vibrante, nossa igreja forte, e nossa ação missionária eficaz. Acima de tudo, ela nos aponta à breve volta de nosso Salvador e Redentor, instando-nos não apenas a sermos diligentes para sermos por Ele encontrados em paz (ver 2 Pedro 3:14), mas a usar o tempo remanescente para trazer o maior número possível de pessoas ao conhecimento de Jesus e a honrá-Lo em sua obediente adoração e viver diário. Deus a tem usado para nos ajudar a estarmos preparados para o que virá. “Com certeza Adonai, o SENHOR Soberano, não realizará nada sobre a terra sem primeiro revelar os seu desígnio aos seus servos escolhidos, os profetas”.
A vinda de Jesus em glória será o maior tempo de crise para o mundo inteiro. Aqueles que não fizeram dEle seu Salvador serão destruídos. Houve outro tempo quando o mundo inteiro enfrentou uma crise assim. O registro bíblico, em Gênesis 6, diz que o pecado atingira nível tal que Deus determinou a destruição da terra. Entretanto, o verso 8 diz: “Contudo, a Noé, o SENHOR demonstrou sua graça e misericórdia”. Deus chamou Noé para ser sua testemunha, para construir a arca. Por 120 anos, Deus, por meio de Seu representante, Noé, revelou o que iria acontecer.
Ellen G. White nos dá perspectivas a respeito daqueles dias:
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“O pecado dos antediluvianos consistia em perverter o que era em si mesmo legal. Corrompiam os dons de Deus com o empregá-los para servir seus próprios desejos egoístas” (Cuidado de Deus, p. 96). “A indulgência do apetite e as paixões tornaram suas imaginações totalmente corruptas. Os antediluvianos eram escravos de Satanás e por ele controlados” (Comentário Bíblico Adventista, v. 1, 1.090). [Tradução livre.]
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“Os habitantes do mundo de Noé foram destruídos porque se corromperam pela satisfação do apetite pervertido” (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 162).
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“Eles adoravam a indulgência egoísta: comer, beber e casar, e recorriam a atos de violência e crime caso houvesse interferência em seus desejos e paixões. Nos dias de Noé, a esmagadora maioria se opunha à verdade e se enamorava de um emaranhado de mentiras. A terra estava cheia de violência. Guerra, crime e assassinato eram a ordem do dia” (Comentário Bíblico Adventista, v. 1, p. 1.090). [Tradução ]
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“O mesmo ocorrerá antes da segunda vinda de Cristo” (Ibidem.) [Tradução ]
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“Aqueles que acreditaram, ao Noé começar a construção da arca, perderam sua fé devido à associação com os descrentes que lhes despertavam todas as velhas paixões pelo entretenimento e exibições” (Review and Herald, 15 de setembro de 1904). [Tradução ]
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“Durante cento e vinte anos, Noé proclamou a mensagem de advertência ao mundo antediluviano; mas bem poucos se arrependeram. Alguns dos carpinteiros que ele empregou na construção da arca creram na mensagem, mas morreram antes do Dilúvio; outros conversos de Noé apostataram” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 504).
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“Deus lhes concedeu cento e vinte anos de provação; e durante esse período ouviram a pregação de Matusalém, de Noé e de muitos outros de Seus servos. Tivessem eles dado ouvidos ao testemunho dessas fiéis testemunhas, tivessem se arrependido e voltado à sua lealdade, Deus não os teria destruído” (Review and Herald, 23 de abril de 1901). [Tradução ]