Mordomia Cristã

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Perseverança extrema

Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. Salmo 9:18 Faço parte do grupo de melhores alunos da faculdade e sou secretária da Sociedade Científica de Estudantes da Faculdade de Saúde (SOCES) na Universidade Peruana União. Não obstante, minha história não teve tanto êxito […]


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Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos
não se há de frustrar perpetuamente. Salmo 9:18

Faço parte do grupo de melhores alunos da faculdade e sou secretária da Sociedade Científica de Estudantes da Faculdade de Saúde (SOCES) na Universidade Peruana União. Não obstante, minha história não teve tanto êxito no princípio. Nasci no distrito de Puno, em uma comunidade aymara chamada “Corumi Payconi” e sou a última de seis irmãos homens. Minha mãe morreu depois de um parto muito complicado, quando eu tinha apenas três anos. Alguns meses depois, meu pai me levou a Mirave, perto de Tacna, para viver com meus avós. Lembro-me de que a casa era de pau a pique e a cama, feita de bambu. Tínhamos sobre a cama lã de cordeiro devido ao frio e também para evitar a dor de estar sobre os bambus. Todos os dias, comíamos chuño (batata desidratada). Em minha família, ninguém cursou faculdade. Meu futuro parecia estar condenado ao fracasso. Deus, porém, tinha planos melhores.

Morando com meus avós, conheci a fé adventista. Fui batizada aos 11 anos e consegui concluir o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Trabalhei muito desde os dez anos, limpando casas, lavando roupa, lavrando a terra e fazendo todo tipo de trabalho. Eu não sabia nada sobre meu pai. Quando concluí o Ensino Médio, fui a Tacna e continuei trabalhando como empregada doméstica. Foi então que voltei a ver meu pai, mas ele estava muito doente e, depois de três meses, faleceu. Em fevereiro de 2004, eu me candidatei a uma vaga na
universidade, mas como não tinha dinheiro para a matrícula, apenas reservei minha vaga e fui colportar em Arequipa, por um ano inteiro. Porém, por motivos pessoais, tive de deixar a colportagem. Quatro anos se passaram e parecia que meus sonhos de ser uma profissional estavam se dissipando.

Certo dia, trabalhando com pá, picareta e alavanca em Llabaya, o assistente do engenheiro me perguntou: “O que você está fazendo aqui? Você deveria estar estudando.” Estas palavras me fizeram refletir. Então, tive um sonho que me animou a voltar a colportar. Quando acordei, decidi voltar para a colportagem.
Depois, lembrei-me de que havia pedido uma vaga na universidade. Voltei para a universidade e cada ciclo era um desafio financeiro, mas Deus proveu tudo para suprir essa necessidade.

O que desejo dizer é que Deus pode fazer do comum algo extraordinário. Não me sinto extraordinária, mas creio que sou um milagre, como todos nós somos.

Nery Marisol Mamani Incacutipa
Universidade Peruana União (União Peruana do Norte)

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