“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção.” Efésios 4:30

Realizávamos o culto para receber o sábado, minha esposa e os três filhos que Deus nos deu. Nesse dia especial eu estava muito agradecido a Deus e todos particularmente felizes. Cantamos louvores. Orei mais ou menos assim: “Amoroso Pai celestial, bendito sejas por Tuas misericórdias, graças pela salvação que nos dás em Jesus Cristo, por favor, permita que em todo este dia estejamos em plena comunhão com Teu Santo Espírito; usa-nos para Tua glória. Amém.”

Enquanto líamos uma breve porção das Sagradas Escrituras a respeito de nosso Senhor Jesus Cristo e de Seu ministério no sábado, nossos pequenos, como normalmente ocorre com as crianças, se distraíram em uma brincadeira transitória entre si. Respirei fundo, repreendi-os, não me lembro bem o que lhes disse, mas me lembro que devido à irritação, optei pelo silêncio. Sem dúvida, minha reação foi desproporcional!
Minha esposa, sem perder o controle, pegou o quinto volume do Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, abriu na introdução do evangelho de João e leu em voz alta a respeito dos “filhos do trono”, que descreve o tipo de caráter de João antes de ser transformado no “discípulo amado”. Então fez uma aplicação para meus filhos: “Filhos, perdoem o papai, pois ele ainda não é como o filho do trono, somente Jesus é o único que o pode transformar, e então vamos orar por ele. Oraram. Cantaram. Terminaram o culto e foram dormir felizes.

Fiquei sozinho e ferido na sala. Em silêncio; levantei-me e fui até o aparelho de som, coloquei um CD com cantos, apaguei a luz e inclinei-me tentando ouvir. Então ouvi uma música que era muito especial para todos nós na família. Meu coração foi quebrantado. Compreendi que havia contristado o Espírito de Deus. Chorei, orei e pedi perdão a Deus. Depois, levantei-me e fui silenciosamente até o quarto, onde estavam minha esposa e nossos filhos. Com dificuldade, pois tinha um nó na garganta, reconheci que agira mal e também pedi perdão a todos. Os pequenos me olharam com ternura, choraram, me abraçaram e disseram que me amavam. Minha esposa murmurou: “Te amo, meu amor”.
Eu havia entristecido o Espírito, mas o Espírito me alegrou. O mesmo pode fazer por você!

Pr. Antonio López Gudiño
Missão Equatoriana do Norte, Quito
União Equatoriana