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DIZIMAR: UMA RESPOSTA À GRAÇA | Edição Fevereiro

Dar a Deus um décimo de tudo que alguém obtém ou tem é uma prática antiga, cujas origens estão perdidas no passado não registrado. Abraão é o primeiro mencionado na Bíblia. Com seus servos armados, Abraão derrotou um exército pagão liderado por quatro reis. Retornando com os despojos da guerra, Abraão encontrou Melquisedeque, rei de […]


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Dar a Deus um décimo de tudo que alguém obtém ou tem é uma prática antiga, cujas origens estão perdidas no passado não registrado. Abraão é o primeiro mencionado na Bíblia. Com seus servos armados, Abraão derrotou um exército pagão liderado por quatro reis. Retornando com os despojos da guerra, Abraão encontrou Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus. Este rei-sacerdote abençoou Abraão e louvou o Deus que lhe dera a vitória. Em resposta, “de tudo lhe deu Abrão o dízimo” (ver Gn 14:18-20).

O próximo dizimista que encontramos é Jacó, neto de Abraão. Jacó estava fugindo pelo deserto quando o Senhor apareceu a ele, prometendo estar com ele, para cuidar dele e levá-lo de volta para casa em segurança. Em gratidão pelas bênçãos prometidas, Jacó jurou: “E, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo” (ver Gn 28:10-22). A descendência de Jacó tornou-se a nação de Israel, uma nação formada por Deus.

Quando Deus libertou Israel da escravidão, Ele fez um pacto com eles e os levou para a Terra Prometida de Canaã. O povo de Israel deveria ser governado por leis dadas por Deus por meio de Moisés. A Lei de Moisés, como veio a ser chamada, incluía o dízimo do produto da terra, dos rebanhos e manadas, ou do dinheiro quando as colheitas e os animais fossem convertidos em dinheiro. A lei declarou que “todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR”(Lv 27:30). Não se tornou dEle quando foi dado; já era dele. Não dizimar, portanto, era roubar a Deus. Restaurar a prática antiga, em contraste, traria prosperidade à nação (veja Ml 3:8-12).

Alguns argumentam que os cristãos não precisam do dízimo porque estão sob a graça, não sob a lei. Isso não faz sentido. Primeiro, nenhum cristão deveria fazer menos por Deus do que um judeu da antiguidade. Segundo, Jesus endossou a prática do dízimo (ver Mt 23:23). Terceiro, dizimar responde a uma lei mais antiga que a Lei de Moisés. Responde à lei da gratidão. O dízimo não é um meio de subornar Deus para garantir uma bênção. Pelo contrário, o dízimo é uma maneira de reconhecer Deus como o doador de todas as bênçãos recebidas e prometidas. Quando Abraão deu o dízimo para Melquisedeque, não foi para obter uma bênção. Ele já era abençoado e estava profundamente agradecido.

 

 

 

 

Jesus é nosso Rei-Sacerdote, “sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 6:20). Isso certamente faz dele um sacerdote que pode receber o dízimo. Ele abençoou Seu povo com a maior das bênçãos – sua salvação. Essa bênção foi comprada pelo maior preço – sua morte. Nossa gratidão por isso deve nos tornar alegres dizimistas para ele.

Os dízimos de Israel apoiavam o templo e o sacerdócio. Nossos dízimos apoiam a igreja e seu ministério. Dizimar torna possível aos pregadores ocuparem seus púlpitos e realizarem seus turnos de serviços variados. Dizimar torna possível aos missionários fazer discípulos entre todas as nações da terra. Dizimar garante a missão da igreja de alimentar os famintos, abrigar os sem-teto, cuidar dos doentes e evangelizar os perdidos. Dizimar provê edifícios, equipamentos e suprimentos necessários para a igreja realizar sua tarefa global. O dízimo não foi inventado por alguma comissão de finanças da igreja. O dízimo é o plano financeiro de Deus e não pode ser melhorado. É Seu plano básico, e cristãos devotados acrescentam alegremente ofertas voluntárias aos seus dízimos. Aqueles que fazem isso são os mais felizes dos seguidores do Senhor.

O dízimo não inicia nada. Não coloca nenhuma reivindicação em Deus. Não é uma moeda de barganha. Biblicamente compreendido e praticado, o dízimo é a resposta da humanidade à graça divina. Nós damos a Deus porque Ele já nos deu. Ele não é mais pobre se não dermos o dízimo, mas nós nos tornamos empobrecidos. Ele não é mais rico se dermos o dízimo, mas nós somos enriquecidos. O dízimo é recompensado, pois Deus recompensa toda a obediência à Sua Palavra. Mas nós não damos para conseguir; nós damos porque nós recebemos.

Escrito por William E. McCumber, que reside em Gainesville, na Geórgia. McCumber serviu a Igreja do Nazareno como educadora, pastora, evangelista e escritora. Artigo publicado anteriormente na edição de janeiro-março de 1998, da revista Dynamic Steward sobre Parceria.

 

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