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Resumo: lição 7 - Cristo, o fim da lei

Materiais de apoio para o estudo da lição da Escola Sabatina do 2º trimestre de 2014, (Cristo e sua lei). Lição 7 - Cristo, o fim da lei


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Texto-chave: Romanos 10:4

O aluno deverá:

Conhecer: A relação entre a lei e a graça.
Sentir: Convicção da necessidade pessoal de Jesus.
Fazer: Ter uma vida piedosa e fiel, evitando ao mesmo tempo cair no legalismo.

Esboço

I. Conhecer: A lei nos conduz a Cristo
A. Em Romanos 5, por que Paulo associou intimamente pecado e morte?
B. Como o relacionamento do primeiro Adão com a lei trouxe morte, enquanto o relacionamento do segundo Adão com a lei trouxe vida?
C. Como a lei pode servir de lembrete a todos os cristãos de que Cristo é nossa justiça?
II. Sentir: Jesus é nossa única esperança de alcançar o Céu
A. Depois de entrar em contato com a lei de Deus, por que devo ser mais consciente dos meus defeitos e falhas?
B. Você acha que a lei de Deus é mais como um guarda-costas ou como um policial? Por quê?
III.Fazer: Ser piedoso mediante a graça
A. Se estou lutando para fazer as coisas que sei que devo fazer, isso significa que não estou convertido?
B. Por que nunca posso ser bom o suficiente para merecer o Céu por meio da observância da lei?

Resumo: A obediência à lei não está em conflito com a graça. Isso é o que fazemos como resultado de ter recebido a graça.

Ciclo do Aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Romanos 10:4

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A lei aponta nossos pecados e desperta em nós a necessidade de um Salvador.

Somente para o professor: Desde os dias de Paulo, houve discussão sobre a relação entre a lei e a graça. Uma leitura superficial de alguns dos escritos de Paulo levou alguns a sugerir que obedecer à lei está em conflito com o recebimento da graça. Mas, uma leitura mais atenta desses textos mostra que, embora Paulo se opusesse fortemente aos que tentavam obter a salvação pela estrita observância da lei, a obediência tem um papel central na vida cristã. A lei nos convence do pecado e nos conduz a Jesus. Após a conversão, vivemos de acordo com a lei como resultado de receber a graça.

Quase em todos os lugares em que Paulo fundou uma igreja cristã, parece que ele foi seguido por um grupo que tinha a intenção de desfazer sua mensagem de salvação por intermédio de Jesus Cristo. Esse grupo insistia em uma rigorosa observância da lei como o verdadeiro caminho para ser salvo. Paulo reagia fortemente a esse grupo e muitas vezes voltava ao assunto da função da lei e da graça, utilizando diferentes exemplos do mundo em que seus ouvintes viviam. Nesta semana, examinaremos alguns de seus principais escritos sobre esse tema.

Em 15 de outubro de 1492, folhas secas de tabaco foram oferecidas a Cristóvão Colombo como uma dádiva de alguns índios americanos. Logo depois, os marinheiros levaram o tabaco para a Europa e a planta foi cultivada em todo o continente. Uma das principais razões para a crescente popularidade do tabaco na Europa foi suas supostas propriedades curativas. Os europeus acreditavam que o tabaco pudesse curar quase tudo, desde mau hálito ao câncer. Um médico espanhol, Nicolas Monardes, escreveu um livro sobre a história das plantas medicinais do novo mundo e chegou ao ponto de afirmar que o tabaco podia resolver 36 problemas de saúde. No começo, o tabaco era mascado. Então, em 1588, um homem chamado Thomas Harriet promoveu o ato de fumar como uma forma de obter a dose diária de tabaco. Embora ele tenha morrido de câncer de nariz (fumantes expeliam a fumaça pelo nariz), as pessoas permaneceram firmes em sua crença acerca dos benefícios do tabaco.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os cigarros foram incluídos nas rações dos soldados e foram considerados tão essenciais quanto os alimentos. Na década de 1950, mais e mais evidências vieram à tona sugerindo que o tabagismo estava associado ao câncer de pulmão. Em anos recentes, foram estabelecidas leis para regularizar a publicidade da indústria e as empresas de cigarro tiveram que incluir nas embalagens advertências sobre os malefícios do tabaco. Hoje, em muitos países, é ilegal fumar em locais públicos.

Atividade de abertura

Peça que a classe considere a breve história do tabagismo exposta acima e responda às seguintes perguntas: As pessoas morriam de doenças relacionadas com o tabagismo antes de haver leis sobre isso? As leis contra o tabagismo podem salvar vidas? A legislação pode ajudar as pessoas viciadas em nicotina?

Comente com a classe: Os que não conhecem a lei de Deus sofrem as consequências de transgredir Sua lei? De que forma? O conhecimento da lei de Deus poderia beneficiar as pessoas?

Comentário Bíblico

I. Salvação além da cruz (Recapitule brevemente com a classe Lv 16.)
Para muitos cristãos a salvação pela fé em Cristo está centralizada na cruz. A lógica é a seguinte: Jesus veio ao mundo voluntariamente para oferecer a Si mesmo como expiação pelos pecados da humanidade. Ele sofreu e morreu na cruz por todos nós e, em seguida, foi ressuscitado e, depois de passar algum tempo com Seus discípulos, subiu ao Céu. Fim da história. A cruz se tornou o ponto focal da salvação, e deve ser assim. No entanto, o texto bíblico não pára por aí. A salvação não trata apenas da cruz (e nossas respostas individuais à cruz), onde todos os pecados do mundo foram expiados. A salvação envolve também o problema do pecado. O sistema sacrifical do Antigo Testamento provê indício útil sobre isso. Quando um pecador reconhecia o pecado em sua vida, ele levava a oferta apropriada ao tabernáculo (ou, mais tarde, ao templo). Ele colocava as mãos sobre a cabeça do animal substituto antes de sua morte. O sangue do animal era recolhido e passado em torno do altar e aspergido diante do véu do Santo dos Santos no santuário. Os restos do animal (ou suas partes) eram queimados. No entanto, esse não era o fim da história. Devido à transferência do pecado, o santuário devia ser purificado, e a lei de Deus exigia que isso acontecesse simbolicamente uma vez por ano, no ritual do Dia da Expiação (Lv 16). Levítico 16:16 descreve o propósito dos sacrifícios e da manipulação do sangue nesse dia: "Assim, [o sumo sacerdote] fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas." Finalmente, o pecado de toda a congregação era transferido para o bode, que seria levado para o deserto a fim de que o santuário fosse purificado de todos os pecados que se haviam acumulado ao longo do ano (Lv 16:21, 22; compare com o v. 30).

Pense nisto: As leis divinas eram a base do complexo sistema sacrifical. Por que Deus desejava que os filhos de Israel passassem pelo ritual do Dia da Expiação se eles já tinham oferecido um sacrifício por seus pecados? Qual era o significado de toda essa ação?

II. O verdadeiro "Cordeiro de Deus" (Recapitule com a classe as implicações do título dado a Jesus, o "Cordeiro de Deus", em Jo 1:29.)
Os escritores do Novo Testamento entendiam claramente que Jesus era o "Cordeiro de Deus", que tiraria os pecados do mundo (Jo 1:29, 36; At 8:32; 1Pe 1:19; Ap 5:6). Após a crucificação e ressurreição de Jesus, eles entenderam as implicações do sacrifício dEle. O autor de Hebreus estava plenamente consciente da ligação entre a morte de Jesus e Seu ministério celestial e a ampla lei sacrifical do Antigo Testamento. Hebreus 9:15 fala sobre o sacrifício expiatório de Jesus na cruz, que incluiu todas as transgressões. Alguns versos depois, o autor descreveu a entrada de Jesus no santuário celestial (em outras palavras, o original, não o modelo terrestre observado em Êxodo 25:9) e Seu ministério ali (Hb 9:24-26), que resultará na eliminação final do pecado. Após essa tarefa, Jesus voltará a fim de trazer salvação aos que O esperam (Hb 9:27, 28).

Pense nisto: Quais são as implicações do título "Cordeiro de Deus", conferido a Jesus?

III. Lições do santuário celestial (Recapitule com a classe Dn 8:14.)
A cruz é apenas um ponto ao longo do caminho no plano da salvação. Na verdade, é o ponto central da história, mas a salvação exige uma obra adicional relacionada ao santuário celestial e à eliminação final do pecado. Se a morte de Cristo tivesse causado a abolição da lei, por que Hebreus destacaria a importante obra de Jesus como Sumo Sacerdote celestial?

Parece que, para o escritor bíblico, a cruz e o santuário celestial não eram realidades que se opunham mutuamente, mas elementos do mesmo plano divino de salvação que tinha sido copiado em pequena escala no santuário terrestre e seus serviços. Essa realidade importante já havia sido predita nos escritos proféticos de Daniel, especialmente em Daniel 8, que, no contexto das sucessivas potências mundiais, descreve o poder do chifre pequeno que atacaria o santuário e seu ritual sacrifical (Dn 8:9-11) e tentaria mudar os tempos e a lei (Dn 7:25). A questão de quanto tempo o povo de Deus teria que suportar esse ímpio poder é respondida em Daniel 8:14: "Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs [dias e noites literais]; e o santuário será purificado." Essa cena do juízo do tempo do fim (compare com Daniel 7) liga o Dia da Expiação à solução definitiva para o problema do pecado. A lei que descreve essa sequência não pode ser o problema. Ao contrário, o problema está na nossa compreensão imperfeita da lei divina que está na base do plano da salvação e mostra o caráter do Legislador. Deus reconhece o pecado pelo que é: comportamento e atitudes destrutivos, degradantes e egocêntricos que nos separam do Criador e Fonte da vida.

Pense nisto: Por que o santuário celestial é tão importante na teologia e na mensagem da epístola aos Hebreus? O que o santuário celestial nos ensina sobre o plano da salvação e a natureza do pecado?

Aplicação

Perguntas para reflexão

  1.  Em que aspecto Cristo é o "fim" da lei (Rm 10:4)?
  2.  Que definição de pecado você prefere: "o pecado é a transgressão da lei" ou "o pecado é iniquidade"? Qual seria a diferença?
  3.  Por que é tão difícil compreender o contínuo papel da lei para alguém salvo pela graça?

Perguntas de aplicação

  1. Como podemos evitar confundir a lei com a Fonte da nossa salvação?
  2. Como podemos considerar os Dez Mandamentos não como uma lista de proibições, mas como um sinal do amor de Deus?
  3. Como saber se estou me tornando legalista?

Criatividade e Atividades práticas

Imagine que você seja um salva-vidas em uma grande piscina pública. Você percebe um menino saltando do alto trampolim e começar a se afogar. Você pula para resgatá-lo e consegue salvá-lo. No dia seguinte ele está de volta no trampolim e salta novamente. Depois que você o resgata novamente, ele diz: "Eu sei que você me salvará. Por isso, não preciso obedecer à regra que diz que apenas os nadadores podem saltar do trampolim." O que você diria a ele? Suas respostas também se aplicam à exigência de guardar a lei depois de termos sido salvos?

Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer, na próxima semana, como resposta ao estudo da lição?

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