Resumo: lição 6 - A morte de Cristo e a lei
Materiais de apoio para o estudo da lição da Escola Sabatina do 2º trimestre de 2014, (Cristo e sua lei).
Lição 6 - A morte de Cristo e a lei
Texto-chave: Romanos 8:1
O aluno deverá:
Saber: Que a morte de Jesus não anulou a lei.
Sentir: A necessidade de um relacionamento correto com Deus e Sua santa lei.
Fazer: Aceitar, mediante a fé em Jesus, o perdão pelos pecados e entender que somos perfeitos aos olhos de Deus.
Esboço
I. Saber: Eterna lei de Deus
- Em que aspecto a lei estava "enfraquecida" (Rm 8:3, NVI)?
- Qual é a maldição da lei, da qual Cristo nos resgatou (Gl 3:13)?
- Por que Deus não poderia ter abolido Suas leis e removido as penalidades por sua transgressão quando o homem pecou?
II. Sentir: Qual lado da lei importa?
- Como a lei nos ajuda a definir relacionamentos?
- Se a lei tivesse sido abolida na cruz, por que não teríamos direito de nos sentir ofendidos quando alguém mentisse para nós ou furtasse algo que nos pertence?
III.Fazer: Livres para servir
- Como devemos reagir depois de olhar para o espelho da lei?
- Por que guardar a lei, mesmo mediante o poder do Espírito Santo, ainda não é suficiente para nos salvar?
- Como posso mostrar minha aceitação e apreço pela libertação da maldição da morte?
Resumo: A morte de Jesus não anulou a lei. Mediante a morte e ressurreição de Cristo, todos os que creem podem experimentar vitória sobre a morte, que é o resultado da transgressão da lei.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Romanos 8:1
Conceito-chave para o crescimento espiritual: A morte de Jesus não destruiu a lei, mas pagou a penalidade pelo pecado, colocando-nos em um novo relacionamento com Deus e Sua lei.
Somente para o professor: A teologia que ensina que, após a morte de Jesus, a lei, incluindo os Dez Mandamentos, foi abolida, é muito comum nos círculos cristãos. Essa teologia é fundamentada em versos tirados de seu contexto imediato. É importante nunca basear uma teologia em apenas um verso, mas sempre considerar o contexto imediato, bem como os temas mais amplos da Bíblia, a fim de compreender o significado de um texto.
O papel da lei na vida de um cristão tem sido debatido há muito tempo. Mesmo na igreja cristã primitiva alguns achavam que a salvação dependia, pelo menos em parte, da rigorosa observância da lei. Outros pareciam pensar que a vida cristã devia ser completamente livre de todas as leis e restrições. O apóstolo Paulo lidou com a questão da lei e do que significou a
morte de Jesus em muitas de suas cartas a cristãos que enfrentavam ideias errôneas a respeito da lei. Paulo usou a metáfora do casamento para explicar o papel da lei. Talvez o seguinte incidente moderno possa nos ajudar a ter uma perspectiva melhor sobre o assunto.
Em 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma de perfuração de petróleo Deepwater Horizon [Horizonte das Águas Profundas] matou 11 tripulantes e produziu uma bola de fogo visível a 56 km de distância. O incêndio resultante não podia ser extinto e, em 22 de abril de 2010, a plataforma Deepwater Horizon afundou, deixando o poço jorrando no fundo do mar e causando o maior derramamento de petróleo em alto mar na história dos EUA.
As investigações sobre o acidente, que custou muitas vidas humanas e causou danos ambientais, começaram. A tristeza se transformou em ira quando ficou claro que os sistemas de alarme na plataforma tinham sido desativados e que mecanismos fundamentais de segurança também haviam sido desligados conscientemente.
A lei sempre serviu como sistema de alarme de Deus, alertando para o perigo do problema do pecado em nossa vida.
Comente com a classe: Que semelhanças existem entre esse exemplo e a destacada teologia cristã que afirma que a morte de Jesus nos liberta da lei?
Atividade de abertura
A seguinte atividade pode ajudar a tornar esta lição mais pessoal. Peça que os alunos proponham uma definição funcional do pecado sem fazer referência aos Dez Mandamentos ou quaisquer outras leis. O objetivo desse exercício não é obter uma boa definição do pecado, mas experimentar a dificuldade de definir o pecado sem a lei.
Comentário Bíblico
I. Resultados do pecado
(Recapitule com a classe a queda registrada em Gn 3.)
O pecado é doloroso, caro e perigoso para a vida. Quando Adão e Eva decidiram comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:6), liberaram um vírus que invadiu tudo e todos os seres criados neste planeta. A morte entrou no mundo e a intimidade face a face com o Criador se tornou impossível. Ao confiar nas astutas insinuações de Satanás, em vez de confiar na Palavra de Deus, o primeiro casal também destruiu o relacionamento amoroso com seu Criador. Eles ficaram com medo e tentaram se esconder (Gn 3:7, 8). No entanto, Deus os chamou diversas vezes: "Onde estás?" Em sua primeira conversa com o Criador após o ato de comer do fruto, Adão e Eva apontaram o dedo, acusando um ao outro, à serpente, e, finalmente, a Deus: "A mulher que [Tu] me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi" (Gn 3:12, ênfase acrescentada). Foi nesse contexto que ouvimos pela primeira vez o doce som (embora ainda velado) do evangelho, quando Deus pronunciou o juízo sobre a serpente e o arqui-inimigo por trás dela. "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3:15).
Após esse pronunciamento, Gênesis 3:21 nos diz de uma forma abreviada que Deus fez algo por Adão e Eva. Ele fez roupas de peles e os vestiu. A maioria dos comentaristas bíblicos veem isso como a primeira referência ao sacrifício. Um animal inocente teve que morrer para prover abrigo e proteção ao primeiro casal humano. De fato, os termos hebraicos que denotam "vestimentas" e a forma verbal para "vestir" estão relacionados ao tabernáculo e à adoração e são usados para descrever as roupas dos sacerdotes e sumos sacerdotes (compare com Êx 28:4; 29:5, 8 [para "vestes"] e Êx 29:8; 40:14; Lv 8:13 [para "vestir"]). O capítulo seguinte sublinha a importância do sacrifício ainda mais, ao contar uma história sobre as ofertas adequadas e inadequadas. Visto que o pecado exigia um sacrifício (Rm 6:23), Deus instituiu o ritual dos sacrifícios como uma ilustração poderosa do custo e da importância do sacrifício. Mas o sacrifício não era o verdadeiro objeto.
Pense nisto: Qual lei declara que a morte é o resultado do pecado? Por que é necessário um sacrifício para superar o abismo entre Deus e a humanidade? Pense em uma história ou referência bíblica sobre a qual basear a sua resposta.
II. O custo da redenção
(Recapitule com a classe Rm 6:11-18.)
Podemos perguntar a nós mesmos por que o pecado resultou em morte e por que a redenção também requer morte. Gênesis 2:16, 17 registra o primeiro mandamento divino dado a Adão, expresso tanto em termos positivos quanto negativos. A ordem: "De toda árvore do jardim comerás livremente", afirma a bondade e benevolência do Criador. "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2:17). Os versos apresentam uma clara estrutura jurídica. A ação é prescrita, e limites são definidos. Além disso, são indicadas possíveis consequências ("certamente morrerás"). Essa lei divina tinha em seu centro a questão da obediência e confiança. Infelizmente, nossos primeiros pais não obedeceram e deixaram de confiar. Então eles morreram? Não e sim. A intervenção de Deus e o contínuo amor lhes deu esperança e lhes acrescentou muitos anos. No entanto, sua morte era certa. Eles começaram a morrer no momento em que comeram do fruto. Eles começaram a envelhecer, viram folhas caindo das árvores e testemunharam o primeiro homicídio em sua família.
Com a introdução do ritual dos sacrifícios (após a queda), Deus ilustrou tanto a natureza sanguinária do pecado quanto o alto preço da salvação. A substituição foi a chave da salvação: o inocente trocou de lugar com o culpado. A Bíblia está repleta de referências a essa grande troca (compare Mc 10:45; 1Co 6:20; Rm 6:11-18). De fato, Jesus na cruz, morrendo pelo mundo como sacrifício inocente (Jo 3:16) era parte do plano de Deus para lidar com o problema do pecado e do Universo e anjos perplexos. O próprio Deus pagou o resgate. O Legislador deu Sua vida pelos pecadores que, por seus pecados, causaram Sua morte. Somente Alguém igual à lei poderia expiar sua transgressão. A cruz descreve mais claramente a natureza do legislador. Ele não suspendeu temporariamente a lei, mas a cumpriu (Mt 5:17), incluindo o mandamento do sábado.
Pense nisto: Alguns cristãos (e, talvez, também alguns adventistas do sétimo dia) se afastaram da compreensão de que a cruz é parte da propiciação e pagamento pelo pecado. Eles enfatizam a noção de que a cruz, em primeiro lugar, demonstra o caráter de Deus. Comente esse conceito à luz do santuário e seu ritual de sacrifícios.
Aplicação
Perguntas para reflexão
- Como Paulo usou o relacionamento do casamento (Rm 7:1-6) para ajudar a explicar nossa relação com a lei?
- Por que tantos cristãos afirmam que a morte de Jesus na cruz anulou a lei?
- Como a lei pode funcionar como reveladora do pecado e da morte e ainda não ser pecaminosa (Rm 8:1, 2)?
- Na maioria dos países, a lei presume a inocência de uma pessoa até que ela se prove culpada. Aos olhos de Deus, se presume que somos inocentes ou culpados? Por quê?
Perguntas de aplicação
- Como posso saber quais ações são aceitáveis e inaceitáveis diante de Deus?
- A lei deve me convencer do pecado e me conduzir a Jesus. O que devo fazer se ainda me sinto culpado, mesmo depois de aceitar Jesus em minha vida?
- Quando a lei confronta o pecador com sua pecaminosidade, quais opções estão abertas para ele?
Criatividade e Atividades práticas
Imagine com sua classe o seguinte cenário: seu vizinho é um budista devoto e coloca grande ênfase na harmonia, boas ações e cuidado da criação. Ele acha revoltante o foco cristão no sangue e sacrifício. Ele quer saber como o cristianismo pode ensinar a paz quando se concentra nesse tipo de violência. Peça que os alunos apresentem algumas sugestões que ajudem seu vizinho a compreender melhor a essência do cristianismo.
Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer, na próxima semana, como resposta ao estudo da lição?