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Lição 9 - Cristo, a lei e o evangelho

Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta VERSO PARA MEMORIZAR: "A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17). Leituras da Semana: Rm 7:7-12; Dt 30:15-20; Mt 7:24-27; At 10:34, 35; Jo 15:10; Ef 2:1 Um século antes de Cristo, […]


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Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

"A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17).

Leituras da Semana: Rm 7:7-12; Dt 30:15-20; Mt 7:24-27; At 10:34, 35; Jo 15:10; Ef 2:1

Um século antes de Cristo, o poeta romano Lucrécio escreveu um famoso poema que se perdeu na história até a Idade Média, chamado "Sobre a Natureza das Coisas". Embora geralmente acusado de ser ateu, em seu poema Lucrécio não negou a existência dos deuses. Apenas argumentou que, em virtude de serem deuses, eles não teriam nenhum interesse nas questões humanas.

Em contraste com isso, a Bíblia afirma que só existe um Deus e que Ele está muito interessado no que acontece aqui. Duas manifestações desse interesse apaixonado pela humanidade são encontradas em Sua lei (que deve orientar nossa maneira de viver) e em Sua graça (Seu meio de nos salvar, mesmo que tenhamos transgredido a lei). Ainda que sejam muitas vezes consideradas como contraditórias entre si, a lei e a graça estão necessariamente ligadas. Seus métodos de operação podem ser diferentes, mas juntas elas revelam que a justiça deve triunfar sobre o pecado. As manifestações da lei de Deus e Sua graça oferecem forte evidência de Seu amor pela humanidade e de Seu desejo de nos salvar para Seu reino eterno.

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Domingo

O pecado e a lei

1. Leia Romanos 7:7-12. O que Paulo disse sobre a relação entre o pecado e a lei? O que ele quis dizer com a seguinte pergunta: "É a lei pecado?"

Paulo relacionou a lei e o pecado de modo tão estreito que fez a pergunta retórica: "É a lei pecado?" A resposta, certamente, é não. Ao contrário, no fim da seção, ele disse: "Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom" (Rm 7:12, ARC). O "assim" mostra a conclusão de seu argumento: longe de ser pecado, a lei é, de fato, santa e boa.

O que Paulo diz aqui é semelhante à relação entre a lei criminal e o crime. Algo só é criminoso se uma lei o retrata como tal. Você pode ir para a cadeia em um país por fazer algo que em outro país é lícito. Por quê? Um país tem uma lei que proíbe essa ação, o outro não. É a mesma ação, mas com duas consequências diferentes. O que faz a diferença? A lei.

Um ponto crucial a ser lembrado é que, simplesmente porque uma coisa é lei não significa que seja boa. No início da América, a lei exigia que as pessoas devolvessem escravos fugitivos aos seus senhores. Era a lei. No entanto, estava longe de ser uma lei justa. Porém, no caso da lei de Deus, sabemos que ela reflete Seu caráter amoroso. Por isso, temos as palavras de Paulo de que a lei é santa e boa. O que mais ela poderia ser, considerando quem a criou?

2. Que significado existe no mandamento que Paulo menciona em Romanos 7:7 para provar seu ensinamento sobre a lei? Por que ele não escolheu outro mandamento, como "Não furtarás"?

Talvez Paulo tenha usado esse mandamento específico, em lugar de alguns dos outros, porque não parece tão óbvio que a cobiça seja pecado. Muitas pessoas podem não acreditar que a cobiça seja um erro. Homicídio e furto, sim. Geralmente, nem precisamos dos Dez Mandamentos para saber isso. Mas, e a cobiça? Assim, esse mandamento é um exemplo perfeito para revelar que é a lei que nos mostra o pecado. Caso contrário, não poderíamos saber que a cobiça é algo errado.

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Segunda

A lei e Israel (Dt 30:15-18)

A promulgação da lei para Israel foi um ato especial. Pouco antes da entrega da lei a Moisés, Deus lembrou Seu povo de que ele era um "reino de sacerdotes e nação santa" (Êx 19:6). Entre todas as nações na face da Terra, foi a Israel que Deus especialmente revelou Sua lei (Rm 9:4). A lei não se destinava a ser um fardo para as pessoas, mas a ser um instrumento por meio do qual a nação escolhida revelaria às multidões o código moral que é a base do governo de Deus. Israel devia ser parceiro de Deus na missão de evangelizar o mundo, e a lei de Deus devia ser a marca de identificação dos porta-vozes de Deus.

3. De acordo com Deuteronômio 30:15-20, qual é a relação entre a lei e as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó? Como esses princípios se aplicam a nós, na Nova Aliança? Leia Mt 7:24-27.

Deus escolheu Israel para ser Seu representante. Israel seria o povo por meio do qual as nações da Terra receberiam as bênçãos prometidas a Abraão, Isaque e Jacó. No entanto, as bênçãos não eram automáticas. Sendo uma nação escolhida, Israel precisava andar em harmonia com a vontade do Senhor. Moisés deixou claro que a vida e a prosperidade sobreviriam ao povo somente se ele observasse os mandamentos, estatutos e juízos de Deus (Dt 30:15, 16).

Dados os inúmeros relatos de rebelião que mancharam a história de Israel, a nação não conseguiu viver de acordo com as condições da aliança. No entanto, não devemos esquecer que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23). Nenhuma nação na Terra cumpriu a vontade de Deus. Mesmo na história recente, nações que professam ser cristãs têm representado mal a causa de Deus com guerras, preconceitos e opressão.

Em sua experiência, qual é a relação entre obediência e fé? Quando você obedece, o que acontece com sua fé? E quando você desobedece? A obediência fortalece a fé?

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Terça

A lei e as nações (At 10:34, 35)

4. Leia Atos 10:34, 35; 17:26, 27; Romanos 1:20; 2:14. Qual é o ensinamento central desses textos?

Apesar dos erros de Israel, Deus não deixou as pessoas de outras nações sem uma testemunha. Aqueles que não tiveram o privilégio de receber a revelação escrita de Deus receberam mensagens divinas por intermédio das páginas da revelação natural (Rm 1:20). O divino livro da natureza contém informações suficientes para conduzir pessoas a Ele.

Deus inspirou também uma medida de desejo espiritual em cada ser humano. De acordo com Paulo, aqueles que sentem a presença do Espírito de Deus se envolvem numa busca para encontrá-Lo (At 17:27). Muitas pessoas sentem um vazio no coração que não pode ser preenchido pelas coisas que o mundo oferece: fama, poder, dinheiro, sexo ou qualquer outra coisa. Na sua essência, essa foi a mensagem do livro de Eclesiastes. Esse vazio, essa insatisfação muitas vezes leva as pessoas a uma busca por algo além, algo que transcenda a rotina da existência. Elas são atraídas para a verdade revelada, num desejo de acabar com os anseios e o vazio da alma. Seja a vontade de Deus revelada por meio de documentos escritos ou pela natureza, a pessoa que recebe a revelação tem a responsabilidade de vivê-la. A verdade é a verdade, independentemente do veículo que a transmite, e os que detêm a verdade experimentarão a ira de Deus (Rm 1:18). Consequentemente, embora muitas pessoas possam não ter conhecido a Bíblia nem os Dez Mandamentos, Deus ainda as considera responsáveis pelas porções de verdade que elas recolheram. Em última análise, todos serão julgados, e o padrão de julgamento será a lei: seja a lei que Deus revelou claramente por meio de Seu profeta Moisés, ou, para os que não conhecem a lei escrita, a lei da consciência, que se desenvolve quando ouvimos a voz de Deus na natureza.

Você já enfrentou decepções que mostraram que este mundo é inseguro e insatisfatório? O que aprendeu com essas experiências sobre o que é realmente importante?

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Quarta

Graça e verdade (Jo 1:17)

João resumiu a história da salvação em um verso: "A lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17). Como resultado do pecado de Adão, toda a humanidade foi afetada pela maldição da morte. A maldição é intensificada pelo fato de que nenhuma pessoa nascida de pais humanos, com exceção de Jesus, ficou livre das inclinações pecaminosas. Portanto, Deus escolheu um povo ao qual Ele revelou Sua lei, com a intenção de que o povo eleito fosse Sua luz para as outras nações. Deus não deu a lei a Israel como meio de salvação, mas como lembrete constante de sua necessidade de justiça.

5. Que exemplo de vida Jesus nos deixou? Fp 2:8; Jo 15:10; Mt 26:39

Quando desobedeceu à ordem expressa de Deus, o primeiro Adão mergulhou o mundo inteiro em desordem e escravidão. Por outro lado, mediante Sua vida obediente, o segundo Adão, Jesus, veio para libertar o mundo da escravidão que o primeiro Adão havia trazido. Quando andou nesta Terra, Jesus voluntariamente submeteu Sua vontade à vontade de Seu Pai, e escolheu não pecar. Ao contrário do primeiro Adão, que trouxe condenação e mentira ao mundo, Jesus trouxe a "graça e a verdade". A graça e a verdade não substituíram a lei. Em vez disso, Jesus mostrou por que a lei sozinha não era suficiente para assegurar a salvação. A verdade que Ele trouxe foi uma compreensão mais completa da graça.

6. Qual é a natureza da graça de Jesus? Como Ele concedeu graça aos seres humanos? Rm 6:23; Ef 2:8

A palavra grega traduzida como "graça" (charis) também pode significar "dom" e está relacionada ao termo para alegria (chara). O dom que Jesus dá à humanidade é a vida eterna. Além disso, a graça se manifesta como a presença interior de Cristo, que habilita o indivíduo a participar da justiça que a lei promove. Paulo afirmou que, ao condenar o pecado na carne, Jesus tornou possível "que as justas exigências da lei fossem plenamente satisfeitas em nós" (Rm 8:4). A graça não apenas nos livra da condenação da lei, mas nos capacita a guardar a lei da maneira que somos chamados a fazer.

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Quinta

A lei e o evangelho (Rm 1:16, 17)

Não importa quão "boa" seja nossa vida, ninguém pode escapar dos constantes lembretes do pecado. Inevitavelmente, a felicidade é interrompida pela doença, morte e desastres. Em nível pessoal, os sentimentos de segurança espiritual são frequentemente desafiados pelas lembranças de pecados passados e, pior ainda, pelo impulso para pecar novamente.

7. Qual é o efeito do pecado em nossa vida? Rm 6:23; 7:24; Ef 2:1

A pessoa que vive no pecado, na injustiça, é apenas um cadáver ambulante esperando o dia em que dará o último suspiro. Quando Paulo avaliou a condição humana, ele clamou em desespero: "Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7:24). Esse é um clamor por libertação da injustiça. Paulo logo percebeu que a libertação vem por meio de Jesus (Rm 7:25).

Esse é o evangelho. A boa notícia é que nós, que estávamos presos em corpos de injustiça, podemos ser cobertos com a justiça de Cristo. O evangelho é a garantia de que podemos escapar da condenação da lei, porque agora possuímos a justiça promovida pela lei (Rm 8:1).

Quando Paulo escreveu aos cristãos de Roma, a história da morte de Jesus ainda estava circulando por todo o império. Os que tinham ouvido estavam plenamente conscientes de que Ele havia morrido de uma forma escandalosa. Pessoas cujos entes queridos eram executados na cruz tinham normalmente uma vida de vergonha. No entanto, Paulo e muitos outros cristãos entenderam que a morte "vergonhosa" de Cristo foi o acontecimento mais poderoso da história humana. Por isso, Paulo declarou: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16). A essência desse evangelho é a grande promessa de que, no fim, a morte não terá a palavra final e os salvos por Jesus viverão para sempre em uma nova Terra.

Muitas pessoas acreditam que a vida não tem sentido, porque sempre termina em morte. Então, em longo prazo, nada do que fazemos terá importância. É difícil contestar essa lógica, não é mesmo? Se tudo que fazemos e cada pessoa que influenciamos serão destruídos e esquecidos para sempre, qual seria o sentido da vida?

Está chegando o dia do Impacto Esperança. Faça em sua igreja um programa com testemunhos relacionados à distribuição dos livros.


Sexta

Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, Evangelismo, p. 231, 232: "Pregar as Verdades Características"; A Fé Pela Qual Eu Vivo [MM 1959], p. 90: "A Fé e as Obras"; p. 91: "Como se Aperfeiçoa a Fé".

"Torne-se distinto e claro o assunto de que não é possível efetuar coisa alguma em nossa posição diante de Deus ou no dom de Deus para nós, por meio do mérito de seres criados. Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém pode merecer a salvação por alguma coisa que faça, encontra-se, então, na mesma condição dos católicos que devem fazer penitência por seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em parte numa dívida que pode ser obtida como pagamento" (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 19, 20).

Perguntas para reflexão

  1. Embora Deus tivesse dado a lei a Israel por intermédio de Moisés, a Bíblia sugere que Ele usa outros métodos para revelar Sua vontade a pessoas que podem não ter acesso à revelação escrita (por exemplo, Rm 1:20; 2:14; At 17:26, 27). Se Deus fala a todas as pessoas, qual é o propósito dos evangelistas?
  2. João 1:17 afirma que "a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo". Usando esse texto, muitas pessoas colocam a lei em oposição à graça e à verdade. Por que essa é uma falsa dicotomia? De que forma a lei, a graça e a verdade trabalham juntas para revelar-nos o caráter de Deus, visto no plano da salvação?
  3. O escritor russo Fiódor Dostoiévski criou um personagem que desejava estudar por que mais pessoas não se matavam. Como ateu, ele não conseguia entender por que as pessoas desejariam viver uma vida sem sentido e tão cheia de sofrimento. Comente com a classe sobre a lógica desse pensamento.

Respostas sugestivas: 1. A lei define o que é o pecado, mas a lei não é o pecado. Ela é santa, justa e boa. Por isso, revela a maldade do pecado. A lei revive o pecado, e o pecado produz morte. 2. A tendência humana é perder a noção do que é pecado. Isso ocorre em relação a cada um dos Dez Mandamentos, mas de modo especial no caso da observância do sábado e da proibição quanto à cobiça. Não parece haver problema em cobiçar. Mas, para que tenhamos certeza quanto à vontade de Deus, precisamos confiar em Sua Palavra e em Sua lei. 3. As promessas da vida, prosperidade e bênçãos seriam cumpridas mediante algumas condições: amar a Deus, andar em Seus caminhos e guardar Seus mandamentos. Na nova aliança em Cristo, essas mesmas bênçãos são concedidas àqueles que constroem sua casa sobre a rocha da Palavra e da lei de Deus, ou seja, ouvem e praticam os ensinos de Jesus. 4. Deus aceita e convida pessoas de todas as nações para servi-Lo. Todos os seres humanos são irmãos, pois vieram do mesmo Deus. Todos foram criados para buscar a Deus. A natureza revela a todos o poder e a divindade de Deus. O Espírito impressiona a consciência de todos com a lei de Deus. 5. Jesus não pecou contra a lei, mas foi obediente até a morte de cruz. Ele foi fiel aos mandamentos do Pai e permaneceu no Seu amor. Colocou a vontade de Deus acima da Sua. 6. A graça é o favor de Deus, que se manifesta no dom da vida eterna em Cristo, sem que a mereçamos. Esse dom é recebido mediante a fé e não vem das nossas obras. 7. A morte. O corpo de morte é a angústia causada pela luta entre o bem e o mal em nosso coração, o conflito entre a vontade de fazer o bem e o mal ao mesmo tempo. Só Jesus pode nos dar a vitória.

Amanhã será o Dia do Impacto Esperança. Ore pelas pessoas que receberão o livro A Única Esperança.
Veja Aqui o resumo auxiliar da lição!


Pergunta para Discussão

Você já enfrentou decepções que mostraram que este mundo é inseguro e insatisfatório? O que aprendeu com essas experiências sobre o que é realmente importante?

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