Escola Sabatina

Blog

Lição 8 - A lei de Deus e a lei de Cristo

Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta VERSO PARA MEMORIZAR: "Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço" (Jo 15:10). Leituras da Semana: Mt 19:16-22; Jo 13:34, 35; Gl 6:1-5; At 17:31; Jo 5:30 Na […]


  • Compartilhar:

Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

"Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço" (Jo 15:10).

Leituras da Semana: Mt 19:16-22; Jo 13:34, 35; Gl 6:1-5; At 17:31; Jo 5:30

Na maioria das nações existe uma hierarquia de leis. No topo estão as leis que vêm do governo nacional, obrigatórias para todos os que residem no país. Depois, há leis estaduais que dizem respeito aos habitantes de determinados territórios. Finalmente, as leis municipais, que governam territórios ainda menores, as cidades e distritos. Embora seja permitido que as diferentes divisões de um país façam leis relevantes para seus cidadãos, ninguém pode fazer uma lei que contradiga a lei da nação. Ainda que as circunstâncias determinem que certa lei seja aplicada de diferentes formas, a aplicação não pode se afastar do espírito da lei.

Como supremo governante do Universo, o Deus criador estabeleceu leis para todas as Suas criaturas. Quando Jesus Cristo voluntariamente Se tornou humano, Ele Se entregou a uma vida de obediência ao Pai (Fp 2:5-11) e aos Seus mandamentos. Assim, tudo o que Jesus ensinou, Sua perspectiva sobre a lei e até mesmo o "novo" mandamento que Ele deu, estavam sempre em plena harmonia com a lei de Deus.


Domingo

A lei e os profetas

Alguns acreditam que os Dez Mandamentos, entregues ao povo por intermédio de Moisés no Monte Sinai, foram relevantes apenas para os israelitas antes da cruz e não são obrigatórios no tempo da graça da nova aliança. Outros ensinam que os cristãos estão livres da antiga lei, mas unicamente os de herança judaica ainda devem obedecer a ela. Como vimos, embora a Bíblia ensine que as obras da lei não possam salvar ninguém, nenhuma passagem dá licença para que alguém transgrida a lei de Deus. Se assim fosse, teríamos licença para pecar, e a Bíblia estaria claramente se contradizendo em um tema crucial.

Nesse contexto, lembramos que Deus revelou os termos de Sua aliança com Israel em tábuas de pedra que continham a lei. No entanto, a Bíblia contém muitos outros mandamentos que envolvem detalhes não encontrados no Decálogo. Ao buscar uma compreensão abrangente da vontade de Deus, os rabinos contaram 613 leis bíblicas, as quais eles apoiaram nos Dez Mandamentos. Jesus parece ter ido além dos rabinos quando anunciou que não veio para "abolir a Lei ou os Profetas" (Mt 5:17, NVI; ênfase acrescentada). Embora resumida nos Dez Mandamentos, a lei de Deus contém todos os mandamentos revelados aos Seus profetas.

1. Compare Mateus 19:16-22 e 22:34-40. O que essas passagens dizem sobre Jesus e os Dez Mandamentos?

Ainda que existam centenas de mandamentos que Deus revelou em Sua Palavra, os Dez Mandamentos apresentam princípios sólidos que podem ser aplicados a todas as outras leis. Por isso, Jesus mencionou cinco dos Dez Mandamentos ao falar com o jovem rico. Encontramos um resumo ainda mais convincente da lei de Deus em Deuteronômio 6:5 e Levítico 19:18, que é amar a Deus e amar o próximo. Jesus declarou: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22:40). Por fim, Jesus e o Pai são unidos em propósito quando exortam Suas criaturas a amar do modo pelo qual elas foram amadas. Nesse sentido, a obediência à lei é uma forma fundamental de expressar esse amor.

De que maneira você demonstra seu amor a Deus e ao próximo?


Segunda

Os "mandamentos" do amor (Jo 15:10)

As Escrituras oferecem uma série de exemplos da fidelidade de Jesus à lei de Deus. Por exemplo, embora Suas palavras em Lucas 2:49 impliquem o entendimento que, ainda na infância, Ele possuía sobre Sua identidade, quando Sua mãe expressou preocupação por causa de Seu afastamento da família, Ele humildemente acompanhou Seus pais para casa "e era-lhes obediente" (Lc 2:51, NVI). Em outra ocasião, Jesus não quis Se curvar a Satanás quando tentado no deserto, porque a adoração é reservada somente a Deus (Lc 4:8). E há várias ilustrações de Sua observância do sábado (por exemplo, Lucas 4:16). Paulo escreveu que toda a vida de Jesus foi fundamentada na obediência à vontade de Deus (Fp 2:5-11). Hebreus diz que, apesar de tentado, Ele nunca pecou (Hb 4:15). Assim, Ele poderia dizer ao Se aproximar de Suas horas finais: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço" (Jo 15:10).

2. Leia João 13:34, 35. O que Jesus quis dizer com a expressão "novo mandamento"?

Jesus entendia que existe relação entre a observância dos mandamentos e o amor. Embora não estejamos acostumados a falar sobre "regras" do amor, pode-se dizer que, na realidade, os Dez Mandamentos são essas regras. Eles nos mostram como Deus deseja que expressemos nosso amor por Ele e pelos outros.

Deus é amor (1Jo 4:16). Por isso, ao apresentar Seu mandamento aos discípulos (Jo 13:34, 35), Jesus estava simplesmente ampliando a lei do amor que se originou com Seu Pai (Jo 3:16). Agora, porém, mais do que apenas amar uns aos outros como a nós mesmos, devemos amar como Jesus nos amou.

"Ao tempo em que essas palavras foram pronunciadas, os discípulos não as puderam compreender; mas depois de haverem testemunhado os sofrimentos de Cristo, depois de Sua crucificação, ressurreição e ascensão ao Céu, e após haver o Espírito Santo repousado sobre eles no dia do Pentecostes, tiveram mais clara compreensão do amor de Deus, e da natureza desse amor que deviam ter uns pelos outros" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 547).

Com a lição de hoje em mente, leia 1 João 3:16. Como podemos ter esse tipo de amor? Como podemos morrer para o eu, a fim de expressarmos esse amor?


Terça

Todas as coisas para todos os homens

3. Considere com atenção as referências à lei em 1 Coríntios 9:19-23. O que Paulo está dizendo ali? Por que há uma ênfase tão forte na lei?

O desejo de Deus é que todas as pessoas aceitem Seu dom de vida eterna e se tornem cidadãs de Seu reino eterno. Em 1 Coríntios 9, Paulo revelou seu método de atrair pessoas para o reino de Deus. Ele entendia que existem barreiras culturais que as impedem de tomar uma decisão pelo evangelho. Paulo estava disposto a adaptar-se à cultura das pessoas para as quais ele testemunhava com o único propósito de vê-las salvas.

No fim, todos os que se tornam parte do reino de Deus se sujeitam à Sua lei. Consequentemente, os que ministram em nome de Deus também devem estar em harmonia com a vontade de Deus. Paulo não hesitou em afirmar que, embora ele usasse métodos inovadores para alcançar as pessoas, ele sempre tinha o cuidado de permanecer submisso aos preceitos da lei de Deus. Seu desejo de salvá-las não permitia que ele comprometesse as leis do Deus ao qual elas eram convidadas a servir. Ele podia se adaptar às leis culturais, desde que não houvesse conflito com a lei suprema. O princípio que regia seu método era a "lei de Cristo" (1Co 9:21).

Podemos também entender a referência de Paulo à "lei de Cristo" como o método que Cristo usou. Era um método fundamentado no amor para todas as pessoas e não apenas para alguns escolhidos. Paulo não pretendia que a lei de Cristo fosse vista como alternativa à lei de Deus. As duas trabalham harmoniosamente juntas quando a lei de amor de Cristo é usada para apresentar aos salvos pela graça a lei de um Deus amoroso. Na verdade, toda a seção, na qual Paulo explica abertamente tudo que ele estava disposto a fazer para alcançar os perdidos, é um perfeito exemplo do tipo de amor abnegado revelado na "lei de Cristo".

Até que ponto você está disposto a negar a si mesmo a fim de alcançar outros para Cristo? Até que ponto você já se negou para alcançá-los? Você segue a "lei de Cristo"?


Quarta

Cumprindo a lei de Cristo (Gl 6:2)

Seja revelada em documentos escritos ou na natureza, a lei de Deus mostra Sua vontade para toda pessoa capaz de compreendê-la (Rm 1:20; 2:12-16). Consequentemente, ninguém pode alegar ser ignorante acerca dos requisitos básicos de Deus. "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3:23, ARC) e, portanto, são destinados à destruição (Rm 6:23; Ez 18:4). No entanto, nem tudo está perdido: a maldição foi revertida pelo dom da vida eterna, que se tornou disponível mediante a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo (Ef 2:8).

Segundo Paulo, a graça deve capacitar o cristão a ter uma vida de obediência (Rm 6:15; Ef 2:10; Tt 2:11-14), embora, como sabemos muito bem, nem sempre vivemos de maneira tão obediente e fiel como deveríamos.

4. De acordo com Gálatas 6:1-5, de que forma podemos manifestar a "lei de Cristo"?

É importante lembrar que todos são sujeitos à tentação e podem cair em pecado nos momentos de fraqueza. Com esse reconhecimento, condenar imediatamente uma pessoa que caiu é uma atitude insensível. Até mesmo Jesus, que nunca pecou, estava disposto a ajudar os que haviam sido vencidos pelo pecado. Como Ellen G. White escreveu sobre Jesus: Ele "não censurava a fraqueza humana" (O Desejado de Todas as Nações, p. 353). Paulo exortou os cristãos a oferecer auxílio com a finalidade de restauração (Gl 6:1). Em outras palavras, a pessoa que houvesse pecado devia ser incentivada novamente a viver de acordo com os preceitos da lei de Deus.
A lei de Cristo é dirigida pela misericórdia. Se não fosse por Sua morte sacrifical, não haveria razão para guardar a lei de Deus. No entanto, porque Cristo tornou possível a vida eterna, há um incentivo para que os fiéis prossigam observando a lei de Deus depois de momentos de fraqueza. Os cristãos devem usar a lei de Cristo como um veículo para conduzir o pecador arrependido de volta para o caminho da divina lei do amor.

Pense em um momento em que você errou e recebeu graça, ainda que não merecesse isso (afinal, se merecesse, não seria graça). Você se lembrará da graça recebida na próxima vez que for necessário demonstrá-la a alguém?


Quinta

Lei e julgamento (Jo 5:30)

Embora a lei de Deus seja uma lei de misericórdia, Deus finalmente a usará como padrão de julgamento. Deus continuamente oferece oportunidades para que os pecadores se arrependam e decidam ser fiéis a Ele, mas chegará a hora em que o clamor será ouvido: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se" (Ap 22:11). Esse anúncio serve como prelúdio para o juízo final.

5. Em Apocalipse 14:7, o primeiro anjo proclama o juízo de Deus, ainda que outros textos falem do julgamento de Cristo (At 17:31; 2Tm 4:1; 2Co 5:10). Como João 5:30 nos ajuda a compreender o papel de Jesus no julgamento?

Embora Cristo tenha deixado de lado Sua natureza divina quando Se tornou humano (Fp 2:5-11), Ele ainda tinha um relacionamento especial com o Pai. Quando os líderes religiosos O acusaram de blasfêmia, Ele informou Seus acusadores de que Deus Lhe tinha dado autoridade para cumprir tarefas divinas específicas (Jo 5:19-30), uma das quais era o julgamento. O fato de ter Cristo recebido a responsabilidade do julgamento demonstra a misericórdia de Deus. Visto que Cristo Se uniu à humanidade, está em posição de julgar com imparcialidade. Por causa da Sua familiaridade com a experiência humana, Ele não condenaria uma pessoa injustamente. Na verdade, Cristo sugere que a condenação não provém dEle, mas o pecador impenitente condena a si mesmo quando se recusa a atender à ordem de Deus (Jo 12:48).

Muitos estão familiarizados com o conteúdo da lei de Deus, mas não sabem como guardá-la. A lei não é uma lista de verificação que usamos para ver se estamos perto do reino. Em vez disso, é um instrumento que expressa vários princípios do amor. Cumprir a lei não se limita a obedecer à lei a fim de obter o favor de Deus, mas chama o cristão a compartilhar o amor de Deus com aqueles que dele necessitam. Como padrão de julgamento, a lei serve para medir o nível de amor que o indivíduo tem para com Deus e com a humanidade. Quando Cristo presidir o julgamento final, usará a imutável lei do amor como padrão para julgar (Tg 2:12).


Sexta

Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 7, p. 260-264: "Disciplina da Igreja"; p. 265, 266: "Consideração Mútua".

"Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6:2, ARC). Aqui, de novo, acha-se claramente exposto o nosso dever. Como podem os professos seguidores de Cristo considerar tão levianamente essas ordens inspiradas? [...]

"Pouco sabemos de nosso próprio coração, e pouca intuição temos de nossa própria necessidade da misericórdia de Deus. Por isso é que tão pouco acariciamos aquela suave compaixão que Jesus manifesta para conosco, e que devemos também manifestar uns para com os outros. Devemos lembrar-nos de que nossos irmãos são fracos e falíveis mortais, tais como nós mesmos. Suponhamos que um irmão, por falta de vigilância, tenha sido arrastado pela tentação e que, contrariamente à sua conduta geral, tenha cometido algum erro. Que procedimento devemos ter para com ele? Aprendemos, da história bíblica, que homens empregados por Deus para realizar uma grande e boa obra cometeram pecados graves. O Senhor não os passou por alto, sem repreensão, tampouco rejeitou Seus servos.

[…]Considerem os pobres e fracos mortais quão grande é sua necessidade de misericórdia e longanimidade de Deus e de seus irmãos. Guardem-se eles de julgar e condenar os outros" (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 246, 247).

Perguntas para reflexão

  1.  Reflita sobre a citação acima. Por que é tão importante que ofereçamos graça aos que pecam?
  2.  Pense em alguns personagens bíblicos bem conhecidos que caíram em pecado. Deus os perdoou e continuou a usá-los. Que lição importante existe para nós nesses exemplos?
  3.  De que forma podemos aplicar a disciplina da igreja e, ao mesmo tempo, mostrar graça e misericórdia aos que cometem pecado? Por que devemos entender que esses dois conceitos, disciplina e graça, não estão em contradição?

Respostas sugestivas: 1. Jesus mostrou que os Dez Mandamentos ainda eram o caminho da vida, mas deviam ser guardados por amor ao próximo. O jovem rico não tinha o verdadeiro amor ao próximo. A essência dos Dez Mandamentos é amar a Deus e amar ao próximo. 2. O mandamento seria "novo" na vida deles, porque eles haviam testemunhado o incomparável amor de Cristo e seriam capacitados a amar como Ele amou. Além disso, na nova aliança no sangue de Cristo, os cristãos seriam habilitados a cumprir a lei do amor, algo que Israel não havia feito. 3. Naquilo que não prejudicava os princípios da lei de Cristo, Paulo se adaptava aos costumes das pessoas que ele buscava alcançar: judeus, legalistas, pessoas sem lei e os fracos. A "lei de Cristo" pode ser referência aos Dez Mandamentos, obedecidos pelo poder de Cristo, mas pode ser também uma alusão a esse esforço para se fazer de tudo a fim de ganhar a todos, o que era inspirado no amor de Cristo, que Se fez humano para salvar a humanidade. Esse espírito de sacrifício é a essência dos Dez Mandamentos. 4. Restaurando pessoas com espírito de brandura; levando as cargas uns dos outros; mantendo a atitude humilde e vigilante. 5. Jesus executa o julgamento. Ele recebe do Pai autoridade para julgar e julga de acordo com a vontade do Pai. Na verdade, o Pai julga por intermédio do Filho.
Veja Aqui o resumo auxiliar da lição!


Pergunta para Discussão

De que maneira você demonstra seu amor a Deus e ao próximo?

Deixe sua resposta nos comentários abaixo!

  • Compartilhar:
Previous article
Próximo artigo