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Lição 7 - Cristo, o fim da lei

Materiais de apoio para o estudo da lição da Escola Sabatina do 2º trimestre de 2014, (Cristo e sua lei). Lição 7 - Cristo, o fim da lei


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Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

""O fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê" (Rm 10:4).

Leituras da Semana: Rm 5:12-21; 6:15-23; 7:13-25; 9:30–10:4; Gl 3:19-24

Uma revista bem conhecida publicou um anúncio de página inteira com um título que dizia: "Alcance a imortalidade! (não estamos brincando)." Em certo sentido, eles estavam brincando, porque o anúncio continuava dizendo: "Para descobrir como deixar um legado de caridade que faça doações em seu nome para sempre, contate-nos e solicite nosso livro gratuito".

Escritores, estudiosos, filósofos e teólogos, ao longo dos séculos, têm lutado com a questão da morte e do que a morte faz com o sentido da nossa vida. Por isso, o anúncio foi uma forma inteligente de ajudar as pessoas a lidar com sua mortalidade, ainda que, no fim das contas, essa estratégia se mostrasse infrutífera.

Em contrapartida, o Novo Testamento mostra a única maneira de alcançar a imortalidade, e esta é por intermédio da fé em Jesus. Não é pela observância da lei, ainda que devamos guardar a lei. De fato, a obediência à lei não está em conflito com a graça. Ao contrário, como resultado de ter recebido a graça, devemos obedecer à lei.

Nesta semana continuaremos estudando a lei e a graça.

Participe do projeto "Reavivados por Sua Palavra": acesse o site www.reavivadosporsuapalavra.org/.


Domingo

Onde aumentou o pecado (Rm 5:12-21)

Embora aponte pecados, a lei é impotente para livrar-nos deles. No entanto, essa mesma impotência nos mostra nossa necessidade de Jesus, a única solução para o pecado.

1. Leia Romanos 5:12-21. De que forma a mensagem da graça de Deus é revelada nessa passagem?

Observe nessa passagem a constante associação entre o pecado e a morte. Repetidamente eles aparecem em relação imediata um com o outro. Por isso, o pecado, a transgressão da lei de Deus, leva à morte.

Agora leia Romanos 5:20. Quando a lei "foi introduzida" (NVI), abundou o pecado, no sentido de que a lei definiu claramente o que é o pecado. No entanto, em vez de trazer o resultado natural do pecado, que é a morte, Paulo diz o seguinte: "Onde abundou o pecado, superabundou a graça". Em outras palavras, não importa quão perverso seja o pecado, a graça de Deus é suficiente para cobri-lo na vida dos que clamam Suas promessas pela fé.

Influenciados pela tradução de 1 João 3:4, que diz: "pecado é a transgressão da lei", muitos restringem o pecado à transgressão dos Dez Mandamentos apenas. No entanto, uma tradução mais literal é: "o pecado é iniquidade" ([ARC]; anomia). Tudo o que contraria os princípios de Deus é pecado. Assim, embora os Dez Mandamentos ainda não tivessem sido formalmente revelados quando Adão comeu o fruto proibido, ele desobedeceu uma ordem de Deus (Gn 2:17) e se tornou, consequentemente, culpado de pecado. Na verdade, foi por meio do pecado de Adão que a maldição da morte afetou todas as gerações da humanidade (Rm 5:12, 17, 21).

Em contraste com a infidelidade de Adão, a fidelidade de Jesus à lei de Deus resultou na esperança de vida eterna. Embora tentado, Jesus jamais cedeu ao pecado (Hb 4:15). Em Romanos, Paulo exalta a perfeita obediência de Jesus, que resultou em vida eterna (Rm 5:18-21) para os que a aceitam. Como segundo Adão, Jesus obedeceu plenamente à lei e quebrou a maldição da morte. Sua justiça pode se tornar a justiça do cristão. Uma pessoa condenada à morte por herdar o pecado do primeiro Adão pode abraçar o dom da vida, aceitando a justiça de Jesus, o segundo Adão.


Segunda

Lei e graça (Rm 6:15-23)

Um dos conceitos mais difíceis de compreender é o contínuo papel da lei para a pessoa salva pela graça. Se o cristão alcança a justiça ao aceitar a suficiência da vida e morte de Jesus, por que ainda é necessário guardar a lei? Essa questão oferece outra oportunidade de repetir um ponto-chave: a lei nunca foi destinada a prover salvação. Sua função (após a queda) é definir o pecado. No entanto, a cruz não nega a necessidade de se obedecer à lei de Deus, da mesma forma que uma pessoa perdoada em relação à infração do limite de velocidade não pode continuar a transgredir essa regra.

2. De acordo com Romanos 6:12, 15-23, quais são as implicações de se viver uma vida de graça? Considere especialmente Rm 6:12, 15, 17.

A graça e a lei não são contrárias. Elas não negam uma à outra. Em vez disso, são fortemente ligadas. A lei, uma vez que não pode nos salvar, mostra por que precisamos da graça. A graça não se opõe à lei, mas à morte. Nosso problema não é a lei em si, mas a morte eterna, que resultou da transgressão da lei.

Paulo advertiu os cristãos para que fossem cuidadosos em não usar o prometido dom da graça para desculpar o pecado (Rm 6:12, 15). Porque o pecado é definido por intermédio da lei, quando Paulo orienta os cristãos a não pecar, está basicamente dizendo-lhes: Guardem a lei, obedeçam aos mandamentos!

"Paulo sempre exaltou a lei divina. Ele havia mostrado que não há poder na lei para salvar os homens da penalidade da desobediência; que os pecadores precisam arrepender-se de seus pecados, e humilhar-se perante Deus, em cuja justa ira incorreram pela transgressão de Sua lei, e precisam também exercer fé no sangue de Cristo como o único meio de perdão" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 393).

Por que é tão fácil ser enganado pelo pensamento de que, se não somos salvos pela lei, já não temos que obedecê-la?


Terça

Miserável homem! (Rm 7:21-25)

3. Leia Romanos 7:13-25. Como devemos entender esses versos? Paulo estava falando de um homem não convertido, ou essa é a experiência de um convertido? Que razões você pode dar para sua resposta?

Se você estava inseguro quanto à definição da pessoa mencionada nesses versos, você não está sozinho. Os teólogos também lutaram com essa questão ao longo dos séculos. A pessoa descrita nesse texto é alguém que tem prazer na lei de Deus (dificilmente daria a impressão de ser incrédulo), mas que parece ser escravo do pecado (o que não faz sentido, porque foi prometido aos cristãos poder sobre o pecado). O SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], depois de considerar os argumentos de ambos os lados, diz: "Aparentemente, o propósito principal de Paulo nessa passagem é mostrar a relação entre a lei, o evangelho e a pessoa que foi despertada para intensas lutas contra o pecado, em preparação para a salvação. A mensagem de Paulo é que, embora a lei possa servir para precipitar e intensificar a luta, somente o evangelho de Jesus Cristo pode trazer vitória e alívio" (v. 6, p. 554).

Não importa como vemos esses versos, devemos sempre lembrar que a pessoa que luta com o pecado ainda é capaz de fazer escolhas certas. Se esse não fosse o caso, todas as promessas paulinas (e também de outros autores) acerca do poder sobre o pecado não teriam sentido. Além disso, como Mateus 5 demonstra, geralmente o pecado começa antes que um ato seja cometido. Consequentemente, uma pessoa transgride a lei simplesmente por pensar em algo pecaminoso. Normalmente, essa realidade poderia ser uma fonte de frustração. No entanto, no contexto de Romanos 7, o indivíduo pode estar desamparado, mas não está desesperado. Para a pessoa que vive no Espírito, a lei sempre presente serve como constante lembrete de que a libertação da condenação é alcançada por meio de Jesus (Rm 7:24–8:2).

Existem semelhanças entre os versos bíblicos para hoje e sua experiência com o Senhor? Apesar de suas lutas, como você pode experimentar a mesma esperança que Paulo expressou?


Quarta

A finalidade da lei (Rm 9:30–10:4)

O título da lição desta semana vem de Romanos 10:4: "O fim da lei é Cristo". Muitos dos que foram condicionados a pensar negativamente sobre a lei interpretam automaticamente o texto da seguinte forma: "Cristo tornou a lei obsoleta". No entanto, essa interpretação contradiz as muitas referências no livro de Romanos e em outras partes do Novo Testamento que falam sobre a contínua relevância da lei.

4. Leia Romanos 9:30–10:4. De que modo a salvação é pela fé e não pela lei?

Assim como acontece com o restante da epístola aos Romanos, o propósito de Paulo nesses versos era demonstrar a verdadeira fonte da justiça. A lei é um indicador de justiça, mas é impotente para tornar justas as pessoas. Por isso, Paulo retratou um paradoxo: as nações (gentios), que nem sequer se esforçavam pela justiça, a obtiveram, enquanto Israel, que se esforçava para observar a justa lei, não a obteve. Paulo não estava excluindo os judeus da justiça, nem estava dizendo que todos os não judeus eram justos. Ele estava simplesmente dizendo que a lei não traz justiça a um pecador, seja judeu ou gentio.

Muitos judeus eram sinceros em seu desejo de justiça, mas sua busca foi em vão (Rm 10:2). Eles eram zelosos em servir a Deus, mas queriam fazer isso do seu jeito. Eles haviam tomado um objeto da revelação de Deus (a lei) e confundido com a fonte de sua salvação. Por mais que a lei seja boa, não é boa o suficiente para salvar alguém. Na verdade, em lugar de tornar justa uma pessoa, a lei destaca a pecaminosidade dessa pessoa. Ela aumenta a necessidade de justiça. Por isso, Paulo descreveu Cristo como o "fim" da lei. Ele não é o "fim" no sentido de acabar com a lei, mas no sentido de ser a "finalidade" da lei, Aquele para quem a lei aponta. A lei conduz o pecador a Cristo quando aquele se arrepende e olha para o Salvador em busca de salvação. A lei lembra a todos os cristãos de que Cristo é a nossa justiça (Rm 10:4).

As pessoas que encaram a lei seriamente estão sempre em perigo de cair no legalismo e de procurar "estabelecer a sua própria" justiça (Rm 10:3). À medida que procuramos obedecer à lei de Deus, como evitar cair nessa armadilha sutil?


Quinta

O tutor (Gl 3:19-24)

Em harmonia com o livro de Romanos, Paulo tem o cuidado de estipular em Gálatas que o objetivo da lei é definir o pecado e não justificar as pessoas (Gl 3:19, 21).

5. Leia Gálatas 3:23, 24. Que imagens Paulo usou para descrever o propósito da lei? Qual é o significado dessas imagens?

Dependendo da tradução, a lei é identificada no verso 24 como "aio", "professor", "capataz", "tutor" e "guardião", entre outras designações. O termo grego se refere a um escravo empregado por um indivíduo rico para ser o disciplinador de seu filho. A responsabilidade do tutor era garantir que o filho aprendesse a autodisciplina. Embora fosse um escravo, o tutor recebia a autoridade para fazer o que fosse necessário para manter o filho dentro das normas, mesmo que isso significasse castigo físico. Quando o filho chegasse à idade adulta, o tutor não mais tinha autoridade sobre ele.

6. À luz da explicação do papel do tutor, qual é o propósito da lei para alguém que recebeu a salvação em Cristo?

Embora o tutor não mais tivesse autoridade sobre o filho adulto, esperava-se que as lições que o filho havia aprendido o habilitassem a tomar decisões maduras. Da mesma forma, ainda que o cristão não esteja sob o poder de condenação da lei, como alguém que alcançou a maturidade, ele deve governar suas ações de acordo com os princípios da lei.

Além de seu papel como tutor, a lei também funcionava como guardião que protegia o crente até que "viesse a fé" (Gl 3:23). Aqui, novamente, vemos que Cristo é o "fim", o objetivo, ou finalidade, da lei. Paulo apresentou esse ponto explicitamente, quando disse que a lei nos conduziu a Cristo, "a fim de que fôssemos justificados por fé" (v. 24).

Leia atentamente Gálatas 3:21. Quais palavras deveriam acabar com a ideia de que pode­mos ser salvos pela obediência à lei? Por que isso é uma notícia tão boa? Comente com a classe.


Sexta

Estudo adicional

"A lei nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a fugir para Ele em busca de perdão e paz mediante o exercício do arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. [...]

"A lei dos Dez Mandamentos não deve ser considerada tanto do lado proibitivo, como do lado da misericórdia. Suas proibições são a segura garantia de felicidade na obediência. Recebida em Cristo, ela realiza em nós a purificação do caráter que nos trará alegria através dos séculos da eternidade. Para os obedientes ela é um muro de proteção. Contemplamos nela a bondade de Deus que, revelando aos homens os imutáveis princípios da justiça, procura resguardá-los dos males que resultam da transgressão" (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 234, 235).

Perguntas para reflexão

  1. Comente sobre a esperança encontrada em Gálatas 3:21. Como o evangelho é claramente apresentado ali? Por que esse texto é o antídoto para o legalismo?
  2. Muitos indivíduos bem-intencionados realçam a necessidade de alcançarmos a "perfeição", se quisermos entrar no reino. Infelizmente, os que abraçam essa doutrina não apenas promovem a autossuficiência como chave para a salvação, mas ignoram a natureza pecaminosa do homem. Os seres humanos possuem tendências herdadas para o pecado e são constantemente bombardeados com a tentação. Ainda mais preocupante é o desânimo que pode vir aos que estão constantemente olhando para si mesmos e para seu desempenho como forma de avaliar sua salvação. Quem está à altura da santidade de Deus e de Sua lei? Como podemos evitar as ideias que colocam a esperança da salvação em outras coisas além do perdão de Cristo?
  3. Qual é a finalidade da lei?

Respostas sugestivas:

1. Por meio do pecado de Adão, a morte veio sobre todos. A lei revelou o pecado e resultou em morte. No entanto, a justiça, a obediência e o sacrifício de Jesus Cristo anularam a condenação da lei, oferecendo vida e perdão a todos que aceitam pela fé o segundo Adão. 2. A graça impede o domínio das paixões pecaminosas em nosso corpo. Não estamos debaixo da condenação da lei, mas, pela graça, somos chamados a obedecer aos princípios da lei, contrários ao pecado. A graça nos livra do caminho do pecado, que leva à morte, e nos conduz no caminho da santificação, que leva à vida eterna. Viver na graça é deixar de ser escravo do diabo e se tornar escravo de Jesus. 3. Essa é a experiência de alguém convertido, que foi perdoado e libertado, mas ainda convive com a natureza pecaminosa, que tenta exercer domínio por meio das paixões que estão dentro de nós. Nessa guerra, o segredo da vitória é se manter em comunhão com o Senhor Jesus Cristo. 4. A justiça é atribuída ao pecador pela fé na justiça de Cristo, não mediante as obras da lei. A finalidade da lei é apontar para Cristo como fonte de perdão em relação aos pecados. Cristo também representa o fim da tentativa de obter salvação mediante as obras da lei. 5. A lei serviu de aio, de tutor, para conduzir as pessoas a Cristo. A lei preparou a humanidade para o exercício da fé em Cristo. NEle, somos libertados da condenação do tutor (a lei) e, ao mesmo tempo, Cristo grava os princípios do tutor (lei moral) no coração de Seus filhos, que amadurecem espiritualmente e não vivem mais sob a contínua condenação da lei. 6. A lei não precisa mais restringir nosso comportamento nem condená-lo, porque fomos perdoados e transformados. Ela não mais nos acusa, porque Cristo nos perdoa e defende. A lei deixa de ser nossa inimiga, visto que seus princípios são praticados voluntariamente.
Veja Aqui o resumo auxiliar da lição!


Pergunta para Discussão

De que modo a salvação é pela fé e não pela lei?

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