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Lição 6 - A morte de Cristo e a lei

Materiais de apoio para o estudo da lição da Escola Sabatina do 2º trimestre de 2014, (Cristo e sua lei). Lição 6 - A morte de Cristo e a lei


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Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, Aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus" (Rm 7:4).

Leituras da Semana: Rm 7:1-6; 8:5-8;Rm 7:7-13;Rm 4:15;At 13:38, 39;Gl 3:10

Um homem está dirigindo muito acima do limite de velocidade. De repente, ele vê piscando em seu espelho retrovisor as luzes vermelhas e azuis de um carro da polícia e ouve o toque da sirene. Ele para o carro, e pega a carteira de motorista. O policial se aproxima, pega a carteira e volta para a viatura.

O motorista imagina qual seria o valor da multa, porque estava muito acima do limite de velocidade e também se preocupa com sua capacidade de pagar a multa. Alguns minutos depois, o policial volta e diz: "OK, senhor, o que faremos para que você não tenha que enfrentar a penalidade da lei novamente é abolir a lei. Você não precisa mais se preocupar com o limite de velocidade."

Por mais ridícula que seja essa história, não é muito diferente da teologia que ensina que, depois da morte de Jesus, os Dez Mandamentos foram abolidos.

Nesta semana, estudaremos a morte de Jesus e o que isso significa em relação à lei.


Domingo

Mortos para a lei (Rm 7:1-6)

1. Examine atentamente Romanos 7:1-6 e resuma o que Paulo diz. Tenha em mente outras passagens bíblicas sobre a lei.

Embora algumas versões da Bíblia tenham traduzido incorretamente o verso 1, onde está escrito que "a lei tem autoridade sobre alguém apenas enquanto ele vive" (NVI), uma interpretação literal é: "Toda pessoa viva está sob o domínio da lei". A ênfase não está nos mortos, mas nos vivos.

O exemplo do casamento demonstra que toda pessoa casada que tenha um relacionamento íntimo com alguém que não seja seu cônjuge transgride a lei e é culpada de adultério. Somente quando o cônjuge morre, a pessoa pode se unir a outra sem transgredir a lei.

Além disso, alguns argumentam que essa passagem mostra a morte da lei. No entanto, ela realmente mostra a morte de uma pessoa para a lei por meio do corpo de Cristo (Rm 7:4). De acordo com Romanos 6:6, a parte da pessoa que morre é "o velho homem". Quando unida ao velho homem, a pessoa é condenada pela lei e, por isso, fica presa em um relacionamento infeliz (Rm 7:9-11, 24). Depois da morte do velho homem, a pessoa fica livre para entrar em um relacionamento com outro, o Cristo ressurreto (Rm 7:4).

O que Paulo está dizendo é que, uma vez que a lei domina a pessoa viva, a lei de Deus também deve governar a nova união. No entanto, o fato de que o cristão agora está unido em matrimônio com Cristo significa que a lei não é mais um instrumento de condenação. O crente em Jesus fica livre da condenação da lei, porque ele está coberto pela justiça de Jesus.

Paulo não afirma que os Dez Mandamentos, que definem o pecado, estão agora abolidos. Isso estaria em contradição com grande parte da Bíblia, incluindo os próprios escritos do apóstolo. Em vez disso, ele fala sobre o novo relacionamento que uma pessoa tem com a lei mediante a fé em Jesus. A lei ainda é obrigatória, mas para aquele que crê em Jesus, aquele que morreu para o eu e para o pecado, a lei não mais o mantém nas garras da condenação, porque ele passa a pertencer a outra Pessoa, o Senhor Jesus.


Segunda

A lei do pecado e da morte (Rm 8:1-8)

Paulo assegura ao cristão que "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte" (Rm 8:1, 2). Se lêssemos esses versos à parte de seu contexto imediato, poderia parecer que Paulo estivesse se referindo a duas leis opostas: a lei da vida e a lei do pecado e da morte. No entanto, a diferença não está com a lei, mas com o indivíduo antes e depois que ele recebe Cristo.

2. De que forma a discussão de Paulo em Romanos 7:7-13 ilustra o papel da lei?

A função da lei depende da pessoa com a qual ela está associada. A mesma faca, por exemplo, pode ser utilizada por um cirurgião para curar ou por um assassino para matar. Da mesma forma, um ladrão que transgride uma lei para roubar a bolsa de alguém estará em um relacionamento diferente com a lei em comparação com aquele a quem a lei deve proteger (o dono da bolsa). A própria lei, às vezes, pode ser descrita como santa, justa e boa (Rm 7:12), ou como a "lei do pecado e da morte" (Rm 8:2). No entanto, da mesma forma que a vingança retributiva de Deus não o impede de ser um Deus de amor, a função da lei como reveladora do pecado e da morte não a torna pecaminosa.

De acordo com Romanos 8:5-8, a lei é um instrumento do "pecado e da morte" para aquele que "tem a mente voltada para o que a carne deseja" (Rm 8:5, NVI). Isso descreve a pessoa que ainda está casada com o "velho homem" e não tem nenhum desejo aparente de romper esse relacionamento e unir-se ao Cristo ressuscitado. Como resultado dessa união pecaminosa, a pessoa se encontra em "inimizade contra Deus" e Sua lei, uma vez que estão em lados opostos (Rm 8:7).

Então, Paulo enfatiza que é impossível para "a mentalidade da carne" se submeter à lei de Deus, e "agradar a Deus" (Rm 8:7, 8, NVI). Obviamente, isso não é uma referência ao indivíduo que luta em Romanos 7:13-25, uma vez que esse alguém serve à lei de Deus "com a mente" (Rm 7:25). Paulo provavelmente estivesse se referindo aos que, por sua maldade, "suprimem a verdade" (Rm 1:18, NVI). É para esses que se rebelam contra a soberania de Deus que a lei se torna um instrumento de pecado e de morte (Rm 2:12).

O que você sente quando transgride a lei?


Terça

O poder da lei

3. De acordo com Romanos 4:15, 5:13 e 7:7, qual é a função da lei? O que Romanos 7:8-11 diz sobre o efeito da lei sobre a pessoa que a transgride?

Cada instrumento tem seu propósito. Assim como uma chave é utilizada para abrir uma fechadura ou uma faca é usada para cortar, a lei é utilizada para definir o pecado. Se não fosse pela lei de Deus, não haveria nenhum método absoluto para saber quais ações são aceitáveis ou inaceitáveis diante dEle. Embora o pecado não possa existir sem a lei, Paulo deixa claro que a lei não é parceira do pecado: "Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno" (Rm 7:13).

4. De que forma os textos acima lançam luz sobre 1 Coríntios 15:54-58?

Se lido isoladamente, 1 Coríntios 15:54-58 parece promover uma visão negativa da lei de Deus. No entanto, a mensagem de Paulo é que a lei "fortalece" o pecado apenas porque ela define o que é o pecado. E, certamente, "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). Se não fosse pela lei, não haveria morte, pois seria impossível definir o pecado. Em 1 Coríntios 15, o propósito de Paulo não é demonizar a lei, mas demonstrar como, pela morte e ressurreição de Jesus, todos os que creem podem experimentar a vitória sobre a morte, que ocorre por causa da transgressão da lei.

Quando foi a última vez que alguém pecou contra você, isto é, transgrediu a lei de Deus de uma forma que o prejudicou? Como essa experiência o ajuda a entender o grande erro da afirmação de que a lei de Deus foi abolida depois da cruz?


Quarta

A lei impotente

Como vimos, embora em certo sentido a lei "fortaleça" o pecado, em outro sentido, a lei é extremamente impotente. Como pode a mesma coisa ser ao mesmo tempo poderosa e impotente?

Aqui, novamente, a diferença não está na lei, mas na pessoa. A lei obriga aquele que descobre que é pecador a reconhecer que está contrariando a vontade de Deus e, portanto, seguindo no caminho da morte. Ao descobrir seu pecado, o pecador pode decidir seguir a lei ao pé da letra. No entanto, o fato de que ele já pecou fez dele um candidato à morte.

5. Leia Atos 13:38, 39; Romanos 8:3; Gálatas 3:21. O que esses textos nos dizem sobre a lei e a salvação?

Algumas pessoas acreditam que a estrita observância da lei garante a salvação, mas isso não é um ensinamento bíblico. A lei define o pecado (Rm 7:7). Ela não o perdoa (Gl 2:19-21). Por isso, Paulo observa que a mesma lei que fortalece o pecado também é "enferma" (Rm 8:3). Ela é capaz de convencer o pecador dos pecados, mas não pode torná-lo justo. Um espelho pode mostrar as nossas falhas, mas não pode corrigi-las. Como Ellen G. White escreveu: "A lei não pode salvar aqueles a quem ela condena. Ela não pode resgatar os que perecem" (Signs of the Times, 10 de novembro de 1890).

Quando consideramos totalmente a finalidade da lei, é mais fácil entender por que Jesus Se tornou o sacrifício expiatório pela raça humana. A morte de Jesus colocou os pecadores em um relacionamento correto com Deus e com Sua lei santa, justa e boa (Rm 7:12). Ao mesmo tempo, Sua morte mostrou a inutilidade da salvação pela observância da lei. Afinal, se a obediência à lei pudesse nos salvar, Jesus não precisaria ter morrido em nosso lugar. O fato de que Ele morreu por nós, revela que a obediência à lei não pode nos salvar. Precisamos de algo muito mais drástico.

Apesar das muitas promessas de poder para obedecer à lei de Deus, por que essa obediência não é suficiente para garantir nossa salvação? Considere sua observância da lei. Se sua salvação dependesse de sua obediência, quanta esperança você teria?


Quinta

A maldição da lei (Gl 3:10-14)

6. O que os textos a seguir dizem sobre a natureza humana? Como podemos ver a realidade dessa verdade a cada dia? Sl 51:5; Is 64:6; Rm 3:23

Com exceção de Cristo, todos os seres humanos têm uma experiência comum, visto que todos foram infectados pelo pecado de Adão. Consequentemente, nenhum ser humano comum jamais pode alegar ser totalmente justo. Há alguns, como Elias e Enoque, que viveram excepcionalmente perto de Deus, mas nenhum deles foi capaz de viver de modo completamente irrepreensível. Na verdade, foi com essa realidade em mente que Paulo declarou: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las" (Gl 3:10). A verdade é que a lei exige total e completa obediência. Quem, a não ser Jesus, algum dia já prestou essa obediência?

7. Como o texto de Romanos 6:23 ajuda a definir o que significa a "maldição da lei"? Leia também Gn 2:17; Ez 18:4.

Todos estão naturalmente sob a maldição da lei. Porque a lei não tem margem nenhuma para erro, é impossível que uma pessoa corrija um pecado passado. Consequentemente, a morte é o destino do indivíduo. Tiago pinta um quadro ainda mais sombrio ao nos lembrar de que a transgressão em um ponto da lei é tão pecaminosa quanto a transgressão em todos os pontos (Tg 2:10). "O salário do pecado é a morte", mas a morte não é proporcional. Ela é total.

Quando reconhecemos a condição desamparada daqueles que estão sob a maldição, é mais fácil avaliar a extensão do amor de Deus: "Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rm 5:8). Mediante Sua morte, "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar" (Gl 3:13).

Pense no que Paulo disse: "Os que se apoiam na prática da lei estão debaixo de maldição" (Gl 3:10, NVI). Por isso, a lei não pode nos salvar. Assim, somos amaldiçoados com a morte. Como o reconhecimento dessa verdade nos ajuda a valorizar o que recebemos em Jesus? De que forma manifestamos essa valorização em nossa vida? Leia 1 João 5:3.


Sexta

Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 758-764: "Está Consumado".

"A lei requer justiça - vida justa, caráter perfeito; e isso o homem não tem para dar. […] Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes Ele oferece como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. […] Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser 'justo e justificador daquele que tem fé em Jesus'" (Rm 3:26, ARC; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 762).

A morte de Jesus demonstrou a permanência da lei de Deus. Quando nossos primeiros pais pecaram, Deus poderia ter abolido a lei, eliminando a penalidade da transgressão. No entanto, isso significaria uma existência miserável em uma sociedade sem leis. Em vez disso, Deus escolheu enviar Seu Filho como nosso substituto. Por isso, Ele recebeu a justa penalidade pelo pecado, conforme exigido pela lei, em favor de todas as pessoas. Mediante a morte de Jesus, a humanidade está em novo relacionamento com Deus. Isso significa que, pela fé em Jesus, podemos ter o perdão de nossos pecados e nos tornar perfeitos aos olhos de Deus.

Perguntas para reflexão

  1.  Muitas religiões ensinam que, no fim da vida Deus compara as boas ações com as más ações, antes de determinar qual será a recompensa da pessoa. O que está errado com esse pensamento?
  2.  Jesus morreu pelos nossos pecados. Se a obediência à lei pudesse acrescentar alguma coisa a esse sacrifício, qual seria a eficácia do sacrifício de Cristo?
  3.  Por que é falsa a ideia de que a lei de Deus foi abolida depois da cruz? Quando as pessoas defendem esse pensamento, o que elas realmente querem dizer que foi abolido? Qual mandamento as pessoas alegam que foi abolido?

Respostas sugestivas:

1. Sem Cristo, o ser humano vive no pecado, sob a condenação da lei. Mas Cristo morreu em nosso lugar, pagando o preço do pecado. Pela fé em Cristo, nosso velho homem morre para o pecado e se une ao Senhor. Assim, o novo homem passa a agradar a Deus. 2. Os que vivem sem consciência da lei, não têm consciência do pecado e não percebem maldade em seu comportamento. A santidade, bondade e justiça da lei nos mostra que somos pecadores condenados e mortos em nossos delitos. A lei, uma coisa boa, revela e condena o mal que há em nós e nos leva a Cristo, a única solução para o pecado. 3. Suscita a ira; revela a transgressão; atribui pecado; condena o pecador e produz morte. 4. "O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei." A lei define o que é pecado e estabelece sua consequência final: a morte. Jesus veio para nos livrar da condenação e do poder do pecado, e voltará para nos livrar da morte, da corrupção e da presença do pecado. 5. Em Cristo somos justificados de todas as coisas das quais não podemos ser justificados pela lei de Moiés. Ele fez o que a lei não podia fazer, porque estava enfraquecida pela natureza pecaminosa. A lei não se opõe às promessas, mas mostra que as promessas só podem ser cumpridas pela graça. 6. O ser humano nasce em pecado; somos contaminados e nossa justiça é como trapo de imundícia; murchamos e somos arrebatados pela iniquidade. Estamos destituídos da glória de Deus. 7. O salário do pecado é a morte.
Veja Aqui o resumo auxiliar da lição!


Pergunta para Discussão

O que você sente quando transgride a lei?

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