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Lição 2: O aperfeiçoamento da fé

Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta VERSO PARA MEMORIZAR: “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12:2). Leituras da […]


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Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hb 12:2).

Leituras da Semana:Tg 1:2, 3; 1Pe 1:6, 7; Fp 3:12-15; Tg 1:19-21; Lc 17:5, 6; Lc 12:16-21

Um dentista explicou por que suas coroas dentárias são sempre impecáveis: “Ao contrário de alguns dentistas, eu nunca tenho problema com as coroas que voltam do laboratório. Se eu lhes envio um trabalho perfeito, eles me devolvem coroas dentárias perfeitas.” Esse dentista não se preocupa com o resultado final.

Ele se concentra em seu papel na fase inicial do processo. Da mesma forma, como cristãos, não precisamos ficar preocupados com a qualidade do nosso caráter no fim. Isso é obra de Deus. O nosso papel é o de combater “o bom combate da fé” (1Tm 6:12), mantendo os olhos fixos em Jesus, “o Autor e Consumador da fé”. Essa fé em Cristo permite que Ele opere em nós “tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13) e que Ele termine a boa obra que começou (Fp 1:6). Sem fé, é possível nos sentirmos derrotados antes mesmo de começar, porque nos concentramos em nós mesmos e não em Deus.

Como Jesus diz: “A obra de Deus é esta: que creiais nAquele que por Ele foi enviado” (Jo 6:29). Tiago, como veremos, nos ajuda a entender essa importante verdade espiritual.

Domingo - A fé persevera

1. Qual é a atitude de Tiago e Pedro em relação às provações? Como devemos nos relacionar com esse preceito bíblico? Tg 1:2, 3; 1Pe 1:6, 7; 4:12, 13

Ninguém gosta de sofrimento e nós o evitamos sempre que possível. A palavra grega traduzida no verso 3 como “provação da vossa fé” é dokimion. Refere-se ao processo de provar a autenticidade de alguma coisa. Pedro compara esse teste ou provação da fé à maneira pela qual o fogo purifica o ouro. Embora tal provação possa não ser agradável, Deus espera um bom resultado. As provas não devem nos desencorajar porque, se permanecermos fiéis, sairemos “como o ouro” (Jó 23:10; compare com Pv 17:3).

Assim, devemos nos alegrar quando surgirem provações, especialmente sobre nossa fé, pois Jesus diz: “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos Céus” (Mt 5:12). Além disso, as provas aprofundam nosso apreço pelo que Cristo suportou por nós. Como 1 Pedro 4:13 indica, elas nos permitem participar dos sofrimentos de Cristo.

Em suma, temos que olhar através e além de cada provação e visualizar o resultado almejado por Deus. É aí que entra a fé. Precisamos acreditar em um Pai amoroso, confiar na Sua sabedoria e agir com base em Sua Palavra. Podemos com segurança entregar nosso futuro a Ele (cf. Rm 8:28). Na verdade, somente tendo uma vida de fé, conhecendo pessoalmente o amor de Deus e vivendo à luz desse amor, podemos nos alegrar nas provações.

Em Tiago 1:3, o objetivo final da provação da nossa fé é a “perseverança”. A palavra grega (hypomonē) também pode ser traduzida como “paciência” (ARC) ou “resistência” (New American Standard Bible). Hypomonē se refere àquilo que dura mais que todas as coisas porque repousa confiantemente na certeza da divina libertação final (como em Lucas 21:19).

Uma coisa é permanecer fiel a Deus durante as provações, isto é, não perder a fé, mas apegar-se ao Senhor, mesmo nos piores momentos. Mas somos instruídos a nos alegrarmos em nossas provações. Isso não é pedir muito? Afinal, se já é difícil permanecer fiel nas provações, como nos alegraremos com elas? No entanto, essa é a orientação que recebemos. Como podemos aprender a ter essa alegria?

Segunda-feira - Perfeição

Leia Tiago 1:2-4. Observe a progressão: fé, provação, perseverança, perfeição. Tiago começa com fé, porque esse é o fundamento de toda verdadeira experiência cristã. Ele, então, diz que precisamos das provações para testar a autenticidade da nossa fé. Por último, Tiago afirma que as provas podem nos ensinar perseverança, para que, finalmente, não sejamos pegos de surpresa e vencidos por elas. O objetivo de Deus para nós é que sejamos “perfeitos e íntegros, em nada deficientes” (Tg 1:4). A linguagem não poderia ser mais elevada. A palavra perfeitos (teleios) significa maturidade espiritual, enquanto íntegros (holokleros) refere-se à integridade em todos os aspectos. Na verdade, podemos nos tornar muito mais no Senhor, se quisermos morrer para o eu e permitir que Ele opere em nós “tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13).

2. Que atitude os cristãos devem ter em relação à “perfeição”? Ef 4:13; Fp 3:12-15

Como Paulo, os seguidores de Cristo nunca ficarão satisfeitos com nada menos do que moldar sua vida segundo o amor altruísta e sacrifical de seu Mestre. Mas nunca nos sentiremos como se tivéssemos “alcançado” ou “obtido a perfeição”.

Observe, também, nas passagens, a ênfase no futuro. Paulo estava apontando para o que havia sido prometido em Deus mediante a fé em Jesus. Nunca há um momento na caminhada cristã, no qual possamos dizer: “Eu cheguei”, pelo menos no que diz respeito ao caráter. (Você já notou, também, que os que dizem que já “alcançaram” geralmente são desagradáveis e hipócritas?) Somos como uma obra de arte; sempre podemos ser melhorados, e Deus promete fazer exatamente isso, enquanto avançamos pela fé, buscando render-nos a Ele diariamente em confiança e obediência.

Se você morresse agora, seria bom o suficiente para ser salvo? Se você tivesse morrido duas semanas depois de aceitar Jesus, teria sido bom o suficiente para ser salvo? Você acha que em seis meses seria bom o suficiente? O que sua resposta lhe diz sobre sua necessidade do manto da perfeita justiça de Cristo, independentemente do seu nível de “perfeição”?

Terça - Pedir com fé

3. Qual é a diferença entre sabedoria e conhecimento? Que conexão Tiago faz entre sabedoria e fé? Tg 1:5, 6

Pode parecer um pouco estranho que Tiago diga: “Se algum de vós tem falta de sabedoria.” Quem acha que tem sabedoria suficiente? Salomão, por exemplo, reconhecendo sua necessidade, pediu humildemente um “coração compreensivo [...] para [discernir] entre o bem e o mal” (1Rs 3:9). Posteriormente, ele escreveu: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10).

4. Costumamos pensar em sabedoria como algo que sabemos. Qual é o outro aspecto da verdadeira sabedoria? Tg 1:19-21; 2:15, 16; 3:13

Os livros de Provérbios e o de Tiago descrevem a sabedoria como algo muito prático: não o que sabemos, mas como vivemos. Por exemplo, ser “pronto para ouvir, tardio para falar” (Tg 1:19). Platão disse: “Os homens sábios falam porque têm algo a dizer; os tolos, porque gostariam de dizer alguma coisa.” Em outras palavras, podemos ter todo o conhecimento que o mundo oferece, mas não ter a verdadeira sabedoria.

Visto que Deus é a fonte de toda verdadeira sabedoria, podemos obtê-la principalmente ao ouvi-Lo, lendo Sua Palavra e passando tempo meditando sobre a vida de Cristo, “o qual Se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria” (1Co 1:30). Ao aprender a refletir o caráter de Cristo em nossa vida, vivemos a verdade personificada em Jesus. Essa é a verdadeira sabedoria.

Leia Tiago 1:6 novamente. Devemos pedir com fé, não duvidando. Isso é difícil, não? Quem já não lutou com a dúvida? Quando isso acontece, é fundamental orar e começar a refletir sobre todas as razões que temos para a fé: a história de Jesus, as profecias da Bíblia e nossas experiências pessoais. Será que isso nos ajudaria a superar as dúvidas que surgem ocasionalmente?

Quarta - O outro lado da fé

5. Leia Tiago 1:6-8. O que ele está nos dizendo nesse texto?

A palavra diakrinomenos, traduzida como “duvidar”, refere-se a ser interiormente dividido. Isso nos ajuda a entender sua relação com a inconstância. Vemos um claro exemplo disso em Cades-Barneia. Ali, Israel se defrontou com uma escolha: avançar pela fé ou se rebelar contra o Senhor. Por incrível que pareça, eles escolheram a rebelião e quiseram voltar para a escravidão do Egito. Quando Deus interveio e anunciou por intermédio de Moisés que eles morreriam no deserto, de repente o povo “acreditou”! Eles disseram: “Subiremos ao lugar que o Senhor prometeu, pois cometemos pecado” (Nm 14:40).

“Agora pareciam arrepender-se sinceramente de sua conduta pecaminosa; mas entristeciam-se por causa do resultado de seu mau caminho, em vez de o ser pela intuição de sua ingratidão e desobediência. Quando viram que o Senhor não Se abrandava em Seu decreto, surgiu de novo sua obstinação, e declararam que não voltariam ao deserto. Ordenando-lhes que se retirassem da terra de seus inimigos, Deus pusera à prova a sua aparente submissão, e demonstrara que a mesma não era real” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 391).

6. Leia Lucas 17:5, 6. O que Jesus está nos dizendo sobre fé?

Quando os discípulos pediram mais fé, Jesus disse que a fé do tamanho do grão de mostarda era o bastante. O que conta é se a nossa fé é viva e crescente, e isso pode e vai acontecer somente à medida que continuarmos a exercer essa fé, ao estender a mão para Deus e confiar nEle em todas as situações.

Mas, às vezes, a dúvida atrapalha. Nosso mundo nos bombardeia com dúvida e ceticismo; ninguém está imune. Tudo o que podemos fazer é orar enquanto enfrentamos esses desafios, relembrando a fidelidade de Deus no passado e confiando nEle para o nosso futuro.

Que motivos você tem para confiar em Deus e em Suas promessas e viver pela fé? Pense neles, medite sobre eles, e sua fé vai aumentar.

Quinta - O rico e o pobre

Em sua breve carta, Tiago mostra grande preocupação para com os pobres. Alguns até consideram esse o seu tema principal. Mas aos ouvidos modernos, suas críticas contra os ricos e a favor dos pobres parecem extremas, e até mesmo chocantes. Ao mesmo tempo, no entanto, Tiago não está dizendo nada muito diferente do que Jesus disse.

7. Faça as seguintes comparações: Tiago 1:9-11 com Lucas 8:14; Tiago 1:27 com Mateus 25:37-40; Tiago 2:15, 16 com Lucas 10:29-37; e Tiago 5:1-4 com Lucas 12:16-21. Qual é a mensagem comum nesses textos? Que advertências e exortações encontramos neles?

Tiago, é claro, não fechou as portas do reino a todas as pessoas ricas. Mas, como Jesus, ele reconhece as tentações insidiosas que vêm com a riqueza. Ricos ou pobres, precisamos manter nossos olhos na verdadeira recompensa. O problema com o dinheiro é que ele nos leva a focalizar o que é passageiro em vez do que é eterno (2Co 4:18).

Sem dúvida, a aquisição de riqueza, educação superior ou influência social tende a separar as pessoas dos menos afortunados. Mas a igreja primitiva mantinha as duas classes juntas, virando de cabeça para baixo os valores mundanos. A pessoa que assume o lugar mais baixo, o papel de humildade, é aquela que pode se gloriar na exaltação.

“Enquanto houver famintos no mundo de Deus para serem alimentados, nus a ser vestidos, pessoas perecendo pelo pão e água da salvação, toda indulgência desnecessária, todo capital acumulado, clamam em favor dos pobres e nus” (Ellen G. White, Beneficência Social, p. 269).

Não importa se você é rico ou pobre. O que importa é como você se relaciona com o dinheiro. O que torna o dinheiro tão perigoso para nós?

Sexta - Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 298-314: “O Sermão da Montanha”.
“Deus deseja que Seus servos se familiarizem com seu próprio coração. A fim de trazer a eles um verdadeiro conhecimento de sua condição, Ele permite que o fogo da aflição os assalte, para que sejam purificados. As provações da vida são as obreiras de Deus para remover impurezas, enfermidades, e asperezas de nosso caráter, e habilitá-los para a sociedade dos puros anjos do Céu. Então, ao passarmos por provações, quando o fogo da aflição arder sobre nós, não manteremos nossos olhos fixos nas coisas invisíveis, na herança eterna, a vida imortal, o peso eterno de glória mui excelente? E enquanto fazemos isso, o fogo não nos consumirá, mas apenas removerá as impurezas, e sairemos sete vezes purificados, tendo a impressão do Divino” (Ellen G. White, The Advent Review and Sabbath Herald [Revista do Advento e Arauto do Sábado], 10 de abril de 1894).

Perguntas para reflexão

  1. Que personagens bíblicos o encorajam mais em tempos de sofrimento? Você aprendeu a se alegrar nas provações? O que o ajudou a fazer isso?
  2. A verdadeira sabedoria não é tanto o conhecimento teórico, mas o que fazemos pela fé por intermédio de Cristo. Isso significa que o conhecimento intelectual não é importante? Uma doutrina errada pode ser prejudicial?
  3. Um jovem tinha um amigo que passou por duras provas. Embora o jovem percebesse que as provas eram dolorosas, notou que o amigo estava crescendo na graça. Quando as provações acabaram, seu amigo realmente tinha mudado, e para melhor! O que você aprendeu com suas provas?
  4. O que você pode dizer a alguém que parece sincero na fé e, no entanto, admite ser, às vezes, vencido pela dúvida? Como você pode ajudar essa pessoa?
Respostas sugestivas:
1. Atitude de alegria ao participar dos sofrimentos de Cristo, sabendo que as provações produzem perseverança agora e produzirão louvor, honra e glória na volta de Cristo.
2. Jesus é nosso exemplo em tudo. Por isso, na condição de pecadores, sempre precisaremos melhorar: na unidade, no conhecimento, no caráter e na missão de pregar o evangelho.
3. Conhecimento pode ser apenas intelectual, mas a sabedoria envolve a prudência e a sensatez para praticar o verdadeiro conhecimento, fundamentado em Deus. Pela fé pedimos sem duvidar e Deus nos dá sabedoria.
4. A verdadeira
sabedoria é demonstrada pelo que fazemos com aquilo que sabemos, sendo revelada pela qualidade das emoções, pelo controle das palavras, pela mansidão, generosidade e boa conduta. A base da sabedoria é a Palavra de Deus implantada em nosso coração.
5. Os que se relacionam com Deus continuamente têm fé inabalável. Eles confiam sempre no Senhor, não duvidam, não são levados de um lado para o outro pelas tempestades da vida e recebem as promessas de Deus.
6. O importante não é o tamanho da fé, mas sua qualidade e genuinidade. Uma fé pequena como um grão de mostarda, mas firmada em um Deus grande, pode realizar grandes obras.
7. Tiago 1:9-11 e Lucas 8:14: O sol seca a erva e os ricos murcham em seus caminhos; as riquezas podem sufocar o coração, impedindo que a Palavra floresça. Tiago 1:27 e Mateus 25:37-40: A religião que agrada a Deus é aquela que nos leva a ajudar os necessitados. Tiago 2:15, 16 e Lucas 10:29-37: Uma religião apenas de palavras, rituais e aparência exterior é uma fé morta, porque é fé sem obras. Tiago 5:1-4 e Lucas 12:16-21: Os que ajuntam riquezas injustas são pobres diante de Deus e receberão a recompensa que merecem.
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