Escola Sabatina

Blog

Lição 12 - Oração, cura e restauração

» Resumo da lição em Vídeo Faça o download deste resumo Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta VERSO PARA MEMORIZAR: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16). Leituras da Semana:Tg […]


  • Compartilhar:

» Resumo da lição em Vídeo

Domingo | Segunda | Terça | Quarta | Quinta | Sexta

VERSO PARA MEMORIZAR:

“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5:16).

Leituras da Semana:Tg 5:13-20; 1Jo 5:14; 1Co 15:54; Hb 12:12, 13; Jo 8:43-45; Pv 10:12

As pessoas são fascinadas pelo que é miraculoso e mágico. Muitas vezes, elas são atraídas para essas coisas, como a um espetáculo, ou por questão de curiosidade. Por isso, quando Jesus foi solicitado a realizar um milagre apenas para entretenimento (Lc 23:8, 9) ou como sinal de Sua messianidade (Mt 12:38-41), ou para satisfazer Sua própria necessidade legítima (Mt 4:2-4), Ele Se recusou a fazê-lo. O Espírito, pelo qual Jesus ensinou com autoridade e efetuou curas miraculosas, não é simplesmente um poder a ser manipulado. Devemos ser instrumentos em Suas mãos. Deus ficaria feliz em curar todos os doentes, mas Ele está interessado numa cura mais significativa e duradoura.

Portanto, nesse contexto estudaremos algumas questões cruciais: Como podemos entender as palavras de Tiago sobre a cura dos doentes? Existe relação entre a cura e o perdão em resposta à oração? Elias é apresentado como importante modelo de oração em uma época de apostasia generalizada. O que podemos aprender com sua vida de oração e sua obra de chamar Israel de volta para Deus e para a verdadeira adoração?

Domingo - A caixa de ferramentas essenciais do cristão

1. Que contraste interessante encontramos em Tiago 5:13? Como podemos aplicar essas exortações à nossa experiência?

Apesar de ter lidado com duas coisas diferentes (sofrimento e alegria), Tiago ligou as duas com oração e louvor: orar quando se está sofrendo e cantar louvores quando se está alegre. No entanto, as duas práticas não são muito diferentes uma da outra, porque muitos salmos bíblicos de louvor também são orações, e Tiago começou a carta exortando os leitores a considerar “motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois [...] sabem que a prova da sua fé produz perseverança” (Tg 1:2, 3). O tempo para orar e o tempo para louvar podem ser mais interligados do que geralmente pensamos.

A palavra traduzida como “sofrendo” em Tiago 5:13 vem da mesma raiz da qual procede a palavra “sofrimento”, usada anteriormente para se referir ao sofrimento dos profetas (Tg 5:10). Ela se refere tanto ao sofrimento físico quanto mental, “em primeiro lugar ao perigo e dificuldade da guerra” (Ceslas Spicq, Theological Lexicon of the New Testament [Dicionário Teológico do Novo Testamento], v. 2, p. 239), mas também ao exaustivo trabalho manual e esforço significativo. É usada também em 2 Timóteo 2:9 e 4:5, para descrever “o difícil trabalho apostólico que não é detido por qualquer dificuldade ou sofrimento” (Ibidem, p. 240). Como cristãos, instintivamente nos voltamos para Deus quando surgem problemas. A oração é essencial, especialmente diante de dificuldades, mas cantar ou tocar música sacra também é útil (a palavra usada, psalletō, pode significar as duas coisas).

“O canto é um ato de adoração tanto como a oração. Efetivamente, muitos hinos são orações” (Ellen G. White, Educação, p. 168). Quantas vezes já estivemos deprimidos ou solitários e, ao relembrarmos as palavras de um hino, nosso coração ficou animado? Há muitos entre nós sofrendo ou precisando de incentivo, que seriam encorajados por uma visita repleta de oração e louvor. “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12:15). Isso também pode levantar nosso ânimo, como nada mais pode fazê-lo.

O livro de Salmos especialmente é um tesouro de orações e cânticos que oferece inspiração, encorajamento e orientação quando não sabemos aonde ir em busca de ajuda.

O sofrimento pode nos aproximar do Senhor e pode nos levar à oração. No entanto, quais são os perigos espirituais quando as coisas estão indo bem para nós? Por que, especialmente nesses tempos, o louvor é tão importante? O que ele nos ajuda a lembrar?

Segunda-feira - Oração pelos doentes

2. Leia Tiago 5:14, 15. Quais são os elementos essenciais que Tiago prescreve para a unção dos enfermos, e que importantes componentes espirituais são encontrados nesse texto?

O fato de que a pessoa doente chame os anciãos da igreja para ungi-la “com óleo, em nome do Senhor”, e orar, expressa o desejo espiritual do indivíduo e a convicção coletiva de que a intervenção divina é necessária para a cura (Mc 6:13).
A referência ao perdão dos pecados mostra que Deus não irá, por meio de um ritual, restaurar fisicamente alguém que não deseja também a cura espiritual. “Deve-se tornar claro aos que desejam orações por seu restabelecimento que a transgressão da Lei de Deus, quer natural, quer espiritual, é pecado, e que, a fim de receber Suas bênçãos, o pecado deve ser confessado e abandonado” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 228).

O pedido de intervenção divina e o chamado aos anciãos da igreja sugerem uma doença incapacitante e, talvez, um problema muito urgente para que o procedimento seja feito em conexão com uma reunião regular da igreja. Duas palavras gregas diferentes são usadas para o doente aqui: a primeira (astheneō, no verso 14) é usada também em relação à Dorcas, que “adoeceu e veio a morrer” (At 9:37); a segunda (Kamnō, no verso 15) geralmente se refere ao paciente, mas é usada também
para os que estão morrendo. Nesse contexto, parece significar alguém esgotado fisicamente ou definhando. A cura miraculosa pode acontecer em resposta à “oração da fé”, o que implica submissão à vontade de Deus (1Jo 5:14), quer isso inclua a cura ou não. No entanto, as referências a salvar e levantar o doente (compare com “salvará da morte”, em Tiago 5:20) apontam inequivocamente para a ressurreição como representando a única cura completa, momento em que “este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade” (1Co 15:54).

Muitas vezes somos informados ou presenciamos cerimônias de unção nas quais o doente não é curado. Por que, então, a esperança da ressurreição, implícita nesses textos, é tudo que temos?div>

Terça - Cura para a alma

Mais importante do que a cura do corpo é a cura da alma. Nosso propósito não é, afinal de contas, fazer com que os indivíduos sejam pecadores mais saudáveis, mas conduzi-los à vida eterna encontrada em Jesus. Talvez por isso a única referência clara à cura na passagem para esta semana seja o nosso Verso Para Memorizar (Tg 5:16), que se afasta das situações hipotéticas abordadas nos versos 13-15. A palavra para cura nesse verso (iaomai) pode se referir à cura que vai além de doenças f ísicas (ver, por exemplo, Mt 13:15). Tendo já no verso 15 indicado uma compreensão mais ampla da cura (a ressurreição), Tiago faz a conexão entre doença e pecado, sendo este último a causa fundamental de todos os nossos problemas, não no sentido de que possamos identificar o pecado que gera cada doença específica, mas de que a doença e a morte são resultados de nossa condição pecaminosa.

3. Leia Marcos 2:1-12 (compare com Hb 12:12, 13; 1Pe 2:24, 25). Que tipo de cura essas passagens descrevem e qual é a base dessa cura?

A fé em Jesus traz a cura da fraqueza espiritual e do pecado. Em certo sentido, cada cura que Jesus realizou foi uma parábola destinada a chamar a atenção das pessoas para sua necessidade mais profunda de salvação. No caso do paralítico de Marcos 2, a cura espiritual era realmente a principal preocupação do homem. Por isso, Jesus garantiu-lhe imediatamente que seus pecados haviam sido perdoados. “Não era, entretanto, o restabelecimento físico, que ele desejava tanto, mas o alívio do fardo do pecado. Se pudesse ver Jesus e receber certeza do perdão e paz com o Céu, estaria contente de viver ou morrer, segundo a vontade de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 267). Os que promovem a cura em nome de Deus devem empregar todos os meios médicos disponíveis para curar a doença física. No entanto, esforços precisam ser feitos também para curar a pessoa inteira, não apenas para esta vida, mas tendo em vista a eternidade.

A cura inclui os relacionamentos. Por isso, somos exortados: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros” (Tg 5:16), ou seja, aqueles que ofendemos (Mt 18:15, 21, 22). Isto é, se você prejudicou ou ofendeu alguém, confesse a ele.
Então, a bênção do Senhor repousará sobre você, porque o processo de confissão envolve a morte para o eu, e apenas através dessa morte Cristo pode ser formado em você.

Quarta - Modelos de oração

4. Leia Tiago 5:17, 18. O que aprendemos sobre oração com o exemplo de Elias? Como isso está ligado à cura, perdão e restauração?

Esses versos ilustram a certeza dada no fim de Tiago 5:16: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Elias foi um homem “justo” e até mesmo foi transladado para o Céu, mas não era um super-homem. Ele tinha as mesmas paixões e sentimentos que temos. O fato de que Deus ouviu sua oração deve nos dar esperança de que nossas orações serão ouvidas também. Tiago diz que Elias “orou fervorosamente” (NVI) para que não chovesse (um detalhe não mencionado no Antigo Testamento), pedindo aparentemente o cumprimento de Deuteronômio 11:13-17 (Tiago 5:17, 18 faz alusão a isso).

Com base na profecia de Deuteronômio, a adoração israelita a Baal, deus da tempestade e do relâmpago, não poderia ficar sem resposta. Embora não saibamos quanto tempo Elias orou antes que fosse atendido, suas petições foram fundamentadas em cuidadoso estudo e reflexão sobre a Palavra de Deus à luz de suas circunstâncias naquele momento. Pode ser que ele citasse a profecia de Deuteronômio como parte de sua oração, assim como a oração de Daniel por Jerusalém teve como base seu estudo da profecia de Jeremias (ver Dn 9:2, 3). Nossas orações também serão mais eficazes quando brotarem de cuidadoso exame de nossas circunstâncias à luz da Palavra de Deus.

O fato de que o período em que não houve chuva tenha durado três anos e meio (também mencionado em Lucas 4:25) é um tempo significativo de prova nas Escrituras (como o período profético de meia semana, ou três anos e meio do ministério de Jesus em Daniel 9:27, e os três tempos e meio [um tempo, dois tempos e metade de um tempo] da apostasia no cristianismo em Daniel 7:25 e Apocalipse 12:14). No fim desse período, Deus usou Elias para começar uma obra de reavivamento e reforma a fim de despertar Israel para o reconhecimento de sua apostasia.

Essa obra foi um símbolo tanto da obra que João Batista faria por Israel no primeiro século, a fim de preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo, quanto da obra que Deus confiou à Sua Igreja remanescente hoje, quanto ao preparo de pessoas para a segunda vinda de Jesus (ver Ml 4:5, 6; Mt 11:13, 14).

Como igreja, estamos buscando reavivamento e reforma. Mas isso deve começar em nossa vida, de forma pessoal e a cada dia. Que escolhas só você pode fazer que determinarão a direção e, finalmente, o destino de sua vida?

Quinta - Restauração e perdão

O Espírito de Deus atuou por meio de Elias para restaurar o relacionamento entre Ele e Israel. Mas a maior parte da obra de Elias não ocorreu no Monte Carmelo. Ali aconteceu apenas o começo! Ele a levou adiante em pequenas aldeias e casas, e na formação de futuros líderes espirituais por meio das escolas dos profetas para multiplicar sua obra de reavivamento e reforma.

5. Como a obra descrita em Tiago 5:19, 20 é comparada ao trabalho feito por Elias, João Batista e outros? Lc 1:16, 17; At 3:19

Muitas vezes, esquecemos a terna e paciente obra feita por Elias, ano após ano. O que João Batista realizou se concentrou também em levar as pessoas de volta para a verdade, inspirar arrependimento e batizá-las. Jesus descreveu Sua obra em termos muito semelhantes: afastar as pessoas do erro e conduzi-las de volta para a verdade (ver João 8:43-45).

A situação hipotética descrita em Tiago 5:19, 20 usa uma construção condicional em grego, deixando claro que a existência da apostasia não era certa, mas provável. O afastamento da verdade se refere à apostasia, não só na doutrina, mas também no estilo de vida, pois muitas vezes a primeira leva à segunda. Dúvidas começam a se formar sobre nossas crenças, levando a um comportamento vacilante e, finalmente, a completa apostasia. Converter um “pecador do erro de seu caminho salvará sua alma da morte” (Tg 5:20, traduzido literalmente). Resumindo tudo que já foi apresentado, Tiago apelou para que seus irmãos na igreja fizessem uma obra semelhante à de Elias em levar as pessoas de volta a Deus.

Isso requer muita paciência, compaixão, ternura e humildade: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado” (Gl 6:1). A obra de Elias é converter corações para Deus e Seu povo, não afastá-los. Muitas vezes, a pessoa está bem ciente de seu pecado e não precisa que ele seja indicado. O que ela mais necessita é o perdão exemplificado por Jesus e provido por Sua morte. Salvar pessoas da morte só é possível mediante a “cobertura” dos pecados, quando aplicamos o evangelho à nossa vida e nos tornamos instrumentos da misericórdia (Pv 10:12).

Pense em alguém que realmente errou e sabe disso. O que você pode fazer ou dizer para ajudar a conduzir essa pessoa de volta para o Senhor?

Sexta - Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 225-233: “Oração Pelos Doentes”; O Grande Conflito, p. 518-523: “Os Ardis de Satanás”.
“Cristo [...] pede-nos que nos identifiquemos com Ele em prol da salvação [da humanidade]. Ele diz: ‘De graça recebestes, de graça dai’ (Mt 10:8). O pecado é o maior de todos os males, e cumpre-nos apiedar-nos do pecador e ajudá-lo. Muitos há que erram, e sentem sua vergonha e loucura. Estão sedentos de palavras de ânimo. Pensam em suas faltas e erros a ponto de ser quase arrastados ao desespero. Não devemos negligenciar essas pessoas. [...]
“Digam palavras de fé e de ânimo, que serão como bálsamo eficaz para os quebrantados e feridos (O Desejado de Todas as Nações, p. 504).

Perguntas para reflexão

1. Você já feriu a si mesmo, aos outros e ao Senhor por causa do seu pecado? O que significou para você o fato de que pessoas que poderiam ter ficado chocadas diante de seus erros, acabaram incentivando e erguendo você, ainda que não tenham aprovado seus erros? A lembrança desses fatos o ajuda a fazer o mesmo por alguém que cometeu grandes erros?

2. Leia Tiago 5:16 com atitude de oração. Que importantes lições espirituais encontramos nesse verso? Qual é a importância da oração para nossa vida espiritual? Embora possa e deva ser uma questão muito pessoal, comente com a classe sobre o que ela pode fazer por você, que respostas você obteve, e como aprendeu a confiar no Senhor quando as orações não são respondidas da forma que deseja. Qual é o principal benefício prático da súplica eficaz?

Respostas sugestivas: 1. O contraste entre a alegria e o sofrimento. Somos exortados a experimentar essas duas situações na presença de Deus. Nas tristezas, devemos orar, alcançar paz e vitória, e reencontrar a alegria no Senhor. Na alegria, devemos orar na forma de louvor a Deus. 2. Igreja unida para fazer oração pelo enfermo; oração feita com fé para salvação da pessoa; azeite, que simboliza o Espírito Santo; confiança de que o Senhor levantará o doente, nesta vida ou na ressurreição; arrependimento dos pecados, confissão e perdão divino. 3. Primeiramente, a cura espiritual resultante do perdão divino para os pecados que nos levam às doenças e morte. O perdão é fundamentado na morte de Cristo na cruz. Em segundo lugar, ocorre também a cura física. 4. Elias era justo. Se andarmos na justiça divina, nossas orações serão eficazes para restaurar pessoas e a igreja. Elias orou para que não chovesse e depois para que chovesse: Deus castigou Israel para depois restaurá-lo. Os enfermos são castigados pela doença, permitida por Deus como disciplina, mas
depois são restaurados pela misericórdia divina. 5. A obra de Elias e João Batista foi conduzir de volta para Deus e para a verdade o coração das pessoas que se haviam desviado para o erro. Nossa missão é levar ao mundo a mensagem do arrependimento. Por meio da mensagem do perdão, a igreja deve restaurar o relacionamento das pessoas com Deus e prepará-las para a volta de Jesus.
  • Compartilhar:
Previous article
Próximo artigo