Vamos falar de liderança. E já que esta é uma conversa de mulher para mulher, ficarei bem à vontade para “puxar a sardinha” para o nosso lado mantendo, claro, o devido respeito aos homens tudo bem? Bom, as estatísticas mostram que nós, mulheres, somos a maioria entre os membros da Igreja Adventista. Portanto, nada mais natura do que também assumirmos cargos de liderança, certo? E que bom que isso já é uma realidade! Da mesma forma como homens e mulheres assumem papeis diferentes e complementares na formação de uma família, também  podem  exercer  funções complementares na liderança da comunidade eclesiástica. Ambos têm muito a contribuir com suas particularidades, competências e desejo de servir a Deus.

Uma das vantagens  de  haver  mulheres à  frente  da  Igreja  é  o  aproveitamento  das nossas  habilidades  natas,  como  orientar, delegar,  acompanhar  e  verificar  resultados. Nossas competências para a gestão têm sido cada vez mais reconhecidas no mundo profissional, e a  Igreja  também  pode  se  valer delas para o avanço da obra do Senhor. Outra característica que se destaca  em nós  é  a  facilidade  para  fazer  amizades  e criar  vínculos.  E este  é  um  dos  aspectos mais  importantes  para  trazer  almas  aos pés de Jesus. Somos muito habilidosas com questões  socioemocionais  e  interpessoais; sabemos   gerenciar   conflitos   e   contribuir na  resolução  de  situações  complexas.  Sim, também há homens com tais aptidões, mas é  indiscutível  que  a  sensibilidade  feminina e  o  nosso  interesse  pelo  próximo  propicia a aproximação das pessoas para ajudá-las e alcançar o seu coração. Também   somos   muito   comunicativas e  expressivas;  sabemos  expor  o  que  pensamos  e  sentimos,  o  que  pode  ser  muito  útil na missão.

Admitimos nossos erros e pedimos desculpas, e isso abre portas para fazermos algo da melhor maneira. Em muitas situações, a presença de uma líder pode ser mais adequada para evitar constrangimentos, transmitir de forma sensível alguma notícia delicada, aconselhar, alertar, etc.

Um terreno fértil

A  verdade  é  que  existem  muitas  congregações,  inúmeras  oportunidades  para colaborar,   mas   uma   parcela   grande   de membros  que  não  aceitam  cargos  de  responsabilidade. Os poucos que se dispõem a  serem  líderes  ficam,  muitas  vezes,  sobrecarregados,  e  isso  impacta  negativamente na sua qualidade de vida e na própria  espiritualidade.  Mas quando a  igreja recebe  bem  as  mulheres  nessas  funções, isso significa mais pessoas dispostas a colaborar, e os problemas de sobrecarga são solucionados. Em    resumo, habilidades    masculinas e  femininas  podem e devem-se  complementar, resultando em uma gestão eclesiástica humana e mais semelhante ao exemplo de  Cristo.  O  melhor  que  podemos  fazer  é orar, pedindo humildemente que Deus dirija cada um dos votos nas diversas comissões da igreja, para que a liderança seja escolhida por  meio  da  orientação  divina.  Que  todos, homens  e  mulheres,  sejamos  instrumentos de bênçãos nas mãos do Senhor!