Os evangelhos narram maravilhosos discursos e milagres que Jesus proferiu e operou enquanto esteve aqui na Terra. A sabedoria das Suas palavras e os atos  sobrenaturais,  como  curas  e  ressurreições,  despertaram  a  admiração da comunidade. O povo creu que o Céu baixou à Terra, pois somente Deus poderia realizar o impossível. Porém, há um elemento sem o qual esses feitos não teriam o mesmo impacto na vida das pessoas. Em Mateus 9:36 lemos: “Ao ver as multidões, Jesus se compadeceu delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor”. Mais do  que  ensinar  nas  sinagogas,  o  ministério  de  Cristo  consistia  em  viver  o amor. O povo estava habituado a uma religião ritualística, mas Jesus propôs uma religião prática, que ultrapassava as paredes do templo e adentrava o coração e a rotina das pessoas. O povo compreendeu as boas novas do Reino muito mais pela maneira gentil como o Mestre agia do que pelo que pregava. De igual modo, nós impactamos muito mais a vida das pessoas com a forma como as tratamos do que pelo que dizemos. Inclusive, ao lermos Mateus 25:34 a 45, percebemos que  o  amor  e  a  compaixão  são  elementos  decisivos  no  juízo  de  Deus.  Em outras palavras, a nossa salvação depende de termos um coração realmente aberto e disposto a se doar em favor do nosso próximo.

Um legado de amor
No  programa De  Todo  o  Coração,  somos  desafiadas  a  amar.  Seja  com  as nossas  colegas  de  ministério,  dentro  da  igreja  ou  na  comunidade,  precisamos enxergar todas as pessoas com os olhos de Cristo. Isto significa dedicar tempo a elas, escutá-las com atenção e suprir as suas necessidades.

Ellen White afirmou que “unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’” (A Ciência do Bom Viver, 143). Para algumas pessoas, a nossa vida será a única leitura do Evangelho a que elas terão acesso. Logo, por mais simplórios que possam parecer os nossos atos de compaixão, eles têm um grande potencial missionário.Vamos, então, fazer mais pelo Mestre fazendo mais pelo nosso semelhan-te. Vamos nos envolver em atividades sociais, apoiar projetos comunitários, desenvolver ministérios de suporte. Vamos ser mais tolerantes com aqueles que pensam e vivem de forma distinta à nossa. Vamos pacificar as intrigas e promover a união na nossa igreja. Vamos edificar ao invés de criticar.Se  nos  sentirmos  perdidas,  sem  saber  qual  a  melhor  atitude  diante  de uma situação, nos perguntemos: o que Jesus faria no meu lugar? Se, ainda assim, parecer difícil, peçamos a Ele forças e sabedoria. Sei que Ele não nos negará auxílio se, de todo o coração, nos dispusermos a amar como Ele amou.